
O presidente do PAICV, Francisco Carvalho, disse esta sexta-feira, 7, que o partido que lidera é chamado a “resgatar” o país nas eleições legislativas de 2026, à margem da abertura do ano político, evento realizado no auditório nacional, na Praia.
“O PAICV é chamado a intervir neste grande momento para resgatar Cabo Verde e nós estamos aqui para isso”, para colocar o país “no caminho para o desenvolvimento, onde haverá lugar para todos: é um processo de inclusão”, referiu aos jornalistas, durante o encontro de abertura do ano político e parlamentar.
Ao dirigir-se à plateia, no Auditório Nacional, Francisco Carvalho referiu que “o partido que libertou o país”, numa alusão ao regime colonial, “está agora pronto para o libertar novamente das amarras da estagnação”, numa crítica à governação do Movimento para a Democracia (MpD), no poder desde 2016.
A “espinha dorsal” do programa do partido “é muito direta, simples, clara: temos propostas que vão ao encontro das necessidades, expectativas e sonhos dos cabo-verdianos”, enquadradas em “cinco eixos de ação”.
Segundo Francisco Carvalho, é preciso resolver as falhas nos transportes interilhas, garantir acesso gratuito à universidade pública e bolsas para o ensino privado, para que “nenhum jovem fique para trás”, fortalecer o poder local, criar um “pacote para a diáspora e alfândegas”, valorizando os emigrantes, e garantir eletricidade para todos.
O líder do PAICV considerou ainda necessário assegurar “concursos claros” para todos os cabo-verdianos “terem acesso a cargos de topo da administração pública” e disse que é preciso “estancar a saída desenfreada de jovens quadros, talentos que abandonam o país para um futuro incerto, enquanto podiam estar em Cabo Verde, a contribuir para o desenvolvimento do país”.
As bases do programa nascem “da escuta do povo”, acrescentou, referindo que “o foco é uma gestão centrada nas pessoas”.
Francisco Carvalho pretende mobilizar Cabo Verde e a diáspora, “extravasar os limites do partido”.
“Precisamos de todos os cabo-verdianos de bem que conseguem avaliar o pais e que têm consciência de que não está bem (…), independentemente dos seus partidos políticos ou filiação”, disse, apontando os apagões a que a capital esteve sujeita, em setembro e outubro, como exemplo de degradação de serviços essenciais que geram “sinais públicos” de descontentamento.
O conselho nacional do PAICV vai reunir-se no sábado e domingo “com foco na preparação das eleições legislativas” e trabalhar “afincadamente” num calendário já definido rumo às eleições legislativas de 2026, informou.
A reeleição como presidente da Câmara da Praia, em dezembro de 2024, catapultou Francisco Carvalho para a liderança do PAICV, conquistada este ano, enfrentando nas próximas legislativas o atual primeiro-ministro e líder do MpD, Ulisses Correia e Silva, que se recandidata a um terceiro mandato à frente do Governo.
C/Lusa
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Comentários
Casimiro Centeio, 8 de Nov de 2025
F O R Ç A, Francisco Carvalho ! Não precisamos ir ao Inferno para testar o grau do seu calor ! Calor de abusos e mentiras do sr UCS! O povo cabo-verdiano vem pamilhando no deserto todos os dias, desde 2016! Todos os dias temos ouvido sempre a mesma ladainha cantada por sr. Ulisses.... O rosário das suas promessas e mentiras são uma fieira que não têm fim. Mas em 2026 conhecerão o fim da linha.
Casimiro Centeio, 8 de Nov de 2025
CAMARADA FRANCISCO CARVALHO,São os dois extremos densos , inabativos e vigorosos do mesmo haltere : Cabo Verde e a sua Diáspora!!!! Ninguém consegue imaginar a HERCULERIDADE das duas forças. Das nossas forças, encorajadas sob a tua liderança política!FORÇA ! JUNTOS SEREMOS ESSE HALTERE!!!Responder
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