O presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, disse ontem, 27, que pretende fazer uma "auditoria pedagógica" para saber a situação económico-financeira do município.
O edil Cláudio Mendonça, que falava à comunicação social para anunciar a distribuição dos pelouros, disse que “a questão de auditoria é necessária para descargo da consciência de cada um”.
“Da minha parte ficaria mais tranquilo de saber e conhecer o ponto de partida, de onde é que vou começar, perceber onde também que a outra gestão errou para que, no futuro, não venha a errar, tendo a noção de como idealizar ou perspectivar a minha gestão neste mandato 2020/2024”, afirmou o edil indicando que a auditoria que pretende fazer “será mais pedagógica” para poder delinear caminhos e conhecer o estado económico-financeiro do município boa-vistense, gerido nos últimos quatro anos pelo grupo independente BASTA!, liderado por José Luis Santos, candidato, entretanto, derrotado no passado dia 25 de Outubro, enquanto cabeça de lista do MpD.
Segundo o novo presidente da CM da Boa Vista o relatório será para consumo interno, mas indicou que estará disponível para o colocar ao dispor dos munícipes e cidadãos que queiram conhecê-lo.
Por estar ainda no começo do mandato, Cláudio Mendonça sublinhou que ainda não fez uma avaliação “exaustiva” daquilo que é a situação económica e financeira do município, mas adiantou que na passagem de dossiers obteve algumas informações.
Sobre estas informações disse que notou coisas que devem ser “imediatamente corrigidas”, frisando que a reunião de distribuição de pelouros foi o ponto de partida para que cada membro da equipa camarária esteja ciente das suas obrigações para começar a tomar medidas.
“Estas medidas para colmatar ou reduzir os efeitos negativos que vêm acontecendo desde há muito tempo permite-nos claramente ter noção do caminho que devemos seguir para o futuro”, pontuou.
Sobre os recursos humanos da câmara, o edil considerou que é preciso arrumar a casa, aproveitar as capacidades dos mais de duzentos trabalhadores da autarquia para que este número “seja compatível com os resultados que quer conseguir para o município e para a ilha”.
“A nossa casa precisa ser reorganizada e arrumada desde logo com nova orgânica da Câmara com uma estrutura mais leve, mais funcional que seja capaz e dar respostas mais céleres aos munícipes”, disse o edil, ressalvando que isso vai depender de uma organização “clara, concisa com departamentos de direcção bem afinados e coesa” para tirar maior e melhor proveito da potencialidade interna dos colaboradores.
Isto porque, segundo argumentou, há colaboradores competentes, faltando muito por fazer em termos funcionais, perspectivando também trabalhar a orgânica municipal e os seus regulamentos, que estão em vigor desde 2010, de modo a adequá-la ao contexto actual, colocando-a a funcionar na sua plenitude, evitando disfunções, problemas de poder e conflitos da delegação de competências.
Com Inforpress
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