PP acusa Governo de estar a ser pouco assertivo nas medidas com os transportes
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PP acusa Governo de estar a ser pouco assertivo nas medidas com os transportes

O vice-presidente do Partido Popular de Cabo Verde (PP), Felisberto Semedo, acusou o Governo este domingo, 1 de Março, de não estar a ser muito assertivo no que concerne às medidas para os transportes marítimos e aéreos.

Em declarações à imprensa, na cidade da Praia, no final da reunião quinzenal do partido, aquele responsável pediu ao Governo que fale a verdade em relação ao navio Chiquinho, uma “grande contradição” de se o mesmo está certificado para navegar no mar aberto e apto para as águas de Cabo Verde.

“Deixamos aqui um apelo ao Governo, no sentido de esclarecer e tranquilizar o povo cabo-verdiano, porque é da sua competência esclarecer se o navio tem certificado de navegação no mar aberto, mostrando o documento que comprava isso para que, definitivamente, fique claro”, afirmou, sublinhando que não se quer que aconteça o mesmo que aconteceu ao navio Vicente e que até agora há familiares de vítimas que ainda não receberam as suas indemnizações.

Por outro lado, o vice-presidente do PP afirmou estar na posse de um documento que teve acesso através da Agência de Aviação Civil (AAC) que mostra que a companhia aérea Binter está em falta no pagamento de impostos ao Estado, num “valor avultado”, mas que não quis avançar quanto.

“Cabo Verde é um país em que o transporte aéreo é o mais caro do mundo, ou seja, o Governo não teve uma política mais assertiva em chegar nos servidores, que é o povo, o cidadão, para ter um transporte aéreo com uma cobrança mais acessível”, indicou.

A reunião deste domingo serviu também para o Partido Popular analisar a situação da saúde em Cabo Verde, tendo aplaudindo o Governo pelo projecto de melhoria de diagnóstico médico, mas mostrou-se preocupado com a medida do Executivo em proibir os voos provenientes da Itália para Boa Vista, por causa do coronavírus.

“Este Governo deve ser claro e transparente e para que tenha medidas sérias para com as pessoas estrangeiras que entram em Cabo Verde, mas não é cancelamento dos voos que é a melhor medida, porque é uma machadada na economia”, frisou, sublinhando que o seu partido propõe que se altere a lei de emergência, para que seja implementada a quarentena compulsiva.

A reunião quinzenas foi ainda uma oportunidade para se analisar o facto de o Governo disponibilizar cinco milhões de contos, ou seja, quase 10% do Orçamento de Estado para 2020, que ronda os 70 milhões de contos, de isenção aos operadores económicos, quando eles próprios “fogem ao fisco” quando não passam facturas que são obrigatórios, exortando ao Executivo a criar mais medidas de combate de fuga ao fisco.

Com Inforpress

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