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PAICV diz que Tarrafal tem sido vítima do MpD há cerca de 28 anos
Política

PAICV diz que Tarrafal tem sido vítima do MpD há cerca de 28 anos

A Comissão Política Regional do PAICV – Santiago Norte avaliou esta segunda-feira, 9 de dezembro, mais uma vez como “negativo” a governação do MpD no Tarrafal, afirmando que o município tem sido vítima desse partido e da sua má governação há 28 anos.

“Tarrafal tem sido vítima do MpD e da sua má governação há cerca de 28 anos, isto é, a quase três décadas, que vem fazendo uma longa travessia pelo deserto, por conta de uma governação sem estratégia de desenvolvimento, sem visão e sem capacidade de transformar a realidade”, constatou o membro da CPR do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) José dos Reis.

Este responsável, falava em conferência de imprensa em Assomada, Santa Catarina, para fazer um pronunciamento público sobre o funcionamento político e organizacional da Câmara Municipal do Tarrafal, bem como o ambiente político no seio do MpD (partido que sustenta a câmara), tendo por base as últimas declarações do seu coordenador no Tarrafal, José Soares, em que este, segundo o PAICV, reconheceu o “marasmo por que passa o concelho”.

Para o também primeiro secretário do sector do PAICV no concelho do Tarrafal, mesmo tendo potencialidades históricas, culturais, turísticas e desportivas, das mais apuradas em Cabo Verde e em Santiago Norte, no seu entender o MpD não tem sabido traduzir tudo isso em oportunidades de promoção e de crescimento, ficando o Tarrafal na cauda dos municípios em todos os indicadores de desenvolvimento.

“Em boa verdade, a Câmara Municipal do Tarrafal, simplesmente tem barrado sonhos, hipotecado futuro e adiado sucessivamente o desenvolvimento do município”, acusou o político.

Segundo José dos Reis, hoje face às declarações políticas do coordenador local do Movimento para a Democracia (MpD), tendo lembrado o ditado “mais vale tarde de que nunca”, para ele, finalmente, o MpD que governa o município desde 1992 “deitou a tolha ao chão” e reconhece que nem o presidente da câmara, José Nunes Soares, sabe que caminhos trilhar e como governar com e para o povo.

E acrescentou: “Por isso, retiram a confiança ao presidente e toda a sua equipa”.

“O líder do MpD no Tarrafal e deputado da Nação [José Soares] deveria publicamente mostrar, enquanto representante de jovens, de homens e mulheres deste nosso município, que cumpre com responsabilidade, a confiança nele depositada pelo povo, aquando da manifestação de Janeiro do ano passado, em que o mesmo teria dito que tudo estava bem, ou seja, que Tarrafal não teria razões para tal expressão e que o movimento 111 foi manipulado pelo PAICV”, lançou.

Entretanto, segundo a mesma fonte, hoje este deputado faz o balanço de desempenho da câmara municipal e, que o conteúdo e o tom do discurso do mesmo são completamente diferentes dos do ano passado.

É que, conforme lembrou de entre as declarações feitas recentemente, que o coordenador do partido que sustenta a câmara e o Governo pediu uma maior fiscalização do executivo à edilidade tarrafalense, propondo que o dinheiro dos grandes contratos-programa não fosse transferido para a conta comum da mesma.

“Diante desta gravidade, é preciso apurar por A mais B, a verdade, por uma questão de transparência na gestão da coisa pública. Várias vezes pedimos, mas agora, com a máxima urgência pedimos uma auditoria à Camara municipal, pois quem pede agora não é somente o PAICV, é o próprio MpD”, apelou o PAICV.

Parafraseando o ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, o membro da CPR do PAICV disse que “quem Tarrafal tem, não pode queixar-se. A não ser, da sua própria incompetência!”.

Na ocasião, José Reis fez saber que perante tudo isso que o deputado “ventoinha”, que foi vereador da câmara municipal durante oito anos, não ficaria isento de culpas, assim como todo o MpD.

“Afinal, é o PAICV que é contra Tarrafal ou a câmara que é incompetente? E afinal, havia ou não razão para a tal manifestação pacífica ocorrida a 11 de Janeiro do ano passado?”, questionou, rematando que “o respeito, a coerência e a ética, precisam-se”.

Com Inforpress

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