O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, salientou hoje que a situação dos transportes marítimos actualmente é muito melhor do que a encontrada em 2016, quando o Governo assumiu a governação do país.
Ao intervir durante a sessão de interpelação ao Governo, no Parlamento, Olavo Correia, disse que o Governo tem noção exacta dos desafios e dos caminhos que é preciso percorrer até atingir um serviço de qualidade, mas sublinhou que é preciso reconhecer que houve uma evolução positiva de 2016 a esta parte.
“Ninguém aqui disse que ao nível dos transportes marítimos já atingimos a excelência. Estamos em processo. Mas a situação hoje é muito melhor do que aquela que encontramos em 2016, penso que quanto a isso não temos dúvidas”, disse.
O governante adiantou que neste momento o país conta com mais viagens regulares, que houve melhorias ao nível do serviço e que os dados mostram que houve mais pessoas transportadas.
“Temos mais barcos a operar. Neste momento só o Praia d’Aguada que está em manutenção regular. De Agosto a Dezembro de 2019 efetuámos mais de 1.700 viagens, transportamos mais de 207 mil passageiros, aumentamos o tráfego em mais de 24% com destaque para as ilhas da Boa Vista, do Sal e São Nicolau”, apontou.
Olavo Correia sublinhou que mesmo no ano de 2020 em plena crise, que também impactou os transportes marítimos, foram realizadas mais de quatro mil ligações inter-ilhas, transportando mais de 350 mil passageiros, 40 mil veículos e mais de 50 mil toneladas de cargas.
“Isto é trabalho, isto é obra, isto é resultado de um serviço de concessão de transportes marítimos inter-ilhas. Mas isto não pode deixar o Governo de reconhecer que temos desafios, que é preciso continuar a reforçar o nível do serviço, que é preciso reforçar a regularidade e melhorar a ligação com determinadas ilhas de Cabo Verde”, disse indicando que é neste sentido que o Governo está a trabalhar.
Para já indicou que o Governo vai rever o contrato de concessão no sentido de melhorar a eficiência e garantir maior regularidade nas ligações entre as ilhas e garantir o transporte de mais pessoas e cargas em segurança.
“Nós temos a consciência que temos ainda um caminho a percorrer, que é preciso melhorar, estamos engajados e comprometidos em prestar aos cidadãos cabo-verdianos um melhor serviço ao nível dos transportes marítimos, mas não podemos deixar de reconhecer que houve uma evolução positiva substancial de 2016 a esta parte”, reiterou.
Da parte do PAICV, principal partido da oposição, que solicitou o tema de interpelação Governo, o deputado João Baptista Pereira recusou a ideia que houve melhorias, salientou que a empresa concessionária não cumpriu com o compromisso de trazer cinco navios.
Em contrapartida, disse ainda que o Estado de Cabo Verde paga Cabo Verde inter-ilhas nos próximos tempos 350 mil contos anual, montante que a multiplicar por 25 anos, período de concessão, daria para comprar muitos barcos para ligar as ilhas de Cabo Verde.
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