O secretário-geral do Movimento para a Democracia (MpD, poder), Miguel Monteiro, disse hoje que os partidos da oposição já “não defendem causas, mas sim funcionam na base de casos”, “apontando permanentemente o lado negro da situação no país”.
Miguel Monteiro fez esta afirmação em conferência de imprensa, reagindo às declarações dos partidos da oposição (PAICV e UCID) à mensagem de Natal proferida pelo primeiro-ministro.
O PAICV e a UCID afirmam que Ulisses Correia e Silva “insiste em refugiar-se” na governação anterior para justificar as promessas não cumpridas durante o ano, situação que Miguel Monteiro considera ser “desorientada”, tendo em conta os ganhos que o país registou nos dois anos e meio.
“Naturalmente a herança que o PAICV deixou não nos permite dizer que tudo esteja feito. É natural que a oposição critique e indique aquilo que está a falhar, entretanto, o que não é natural, é uma oposição que funcione apenas na base de casos e que já não defende causas” criticou.
Para o responsável, aquilo que a oposição não quer ouvir “é que mais de 60 por cento (%) dos cabo-verdianos consideram que o país estará melhor em 2019”, sendo que o “Governo está a trabalhar” para isso.
Referiu que “pela primeira vez”, desde a sua entrada como deputado, a UCID votou favoravelmente no Orçamento de Estado na sua generalidade, demonstrado claramente, que o partido “vê benefícios” para a população cabo-verdiana.
“É natural que a UCID, estando na oposição queira diminuir ou mitigar as dificuldades que nós encontramos, está a fazer o papel da oposição. Mas havia uma série de valores, nomeadamente 15 milhões de contos em que a anterior governação deitou por baixo do tapete, que neste momento estamos a pagar”, afirmou.
Apontou que vários compromissos foram assumidos quando o PAICV estava no Governo, nomeadamente com os professores, médicos, enfermeiros, policiais, que “está a ser cumprido neste momento”, apesar de não terem sido assumidos pela actual governação.
“Nós simplesmente estamos a cumprir, é natural que esses compromissos anteriores que não foram assumidos e que não estavam contabilizados estejam a ser cumpridos, mas ao cumprir uma parte não podemos cumprir com a totalidade”, explicou.
Realçou que, durante esses dois anos e meio, basicamente estiveram a arrumar, cumprindo com muito daquilo que já tinham assumido, tendo os próximos anos para cumprir com o programa do Governo.
Com Inforpress
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