O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou que o Governo está solidário e ao lado das populações das ilhas de Barlavento atingidas pelo mau tempo que, na madrugada desta segunda-feira, provocou fortes inundações, destruição e várias vítimas mortais.
Ulisses Correia e Silva chegou ao final da tarde de segunda-feira a São Vicente para avaliar no terreno os danos provocados pelas chuvas torrenciais, classificando o episódio como “uma tragédia, das mais graves que aconteceram no nosso país”.
“Lamento a perda de vidas humanas, pessoas desaparecidas, crianças, porque de facto é uma perda irreparável”, declarou, deixando “uma mensagem de consternação, de pêsames e de força para as famílias”.
O chefe do Governo sublinhou que se trata de “a força da natureza a desafiar a fragilidade dos homens”, lembrando que fenómenos desta dimensão não podem ter os seus impactos previstos com exatidão. “A chuva começou branda, depois passou para mais de 50 milímetros e depois para mais de 100 milímetros, provocando enormes estragos”, especificou.
Luto Nacional e Estado de Calamidade
Entre as medidas já decididas, o Executivo decretou Luto Nacional durante dois dias e Estado de Calamidade, o que permitirá mobilizar recursos internos e externos para reparar danos, desobstruir vias e reconstruir infraestruturas. O Governo também irá disponibilizar casas sociais na Vila Rozar, na zona de Iraque e na Ribeira de Julião para realojar temporariamente famílias desalojadas, garantindo depois a reconstrução das suas habitações.
O Primeiro-Ministro apelou ainda à solidariedade dos cabo-verdianos no país e na diáspora, informando que já estabeleceu contactos com a União Europeia, o Banco Mundial e que acionou o Fundo Nacional de Emergência para responder a prejuízos “cujos montantes são avultados”.
Ulisses Correia e Silva afirmou que vai visitar a localidade de Salamansa, também fortemente atingida, salientando que o mau tempo provocou cortes de estradas e outros danos sem precedentes na ilha.
Questionado sobre episódios de pilhagem, condenou veementemente a prática. “Não há nada que justifique aproveitar-se da desgraça e dos problemas dos outros. Isso não pode acontecer. As forças policiais vão ser reforçadas, porque primeiro é preciso apelar à consciência de cada um, sabendo que estamos em situação de fragilidade e que as pessoas que têm os seus negócios e casas não podem ser alvo de saque”, frisou.
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A equipa do Santiago Magazine