O MpD repudiou hoje “as suspeitas lançadas pelo PAICV” em torno dos resultados das eleições legislativas de 18 de Abril, considerando que o partido “continua a prestar um mau serviço” à democracia cabo-verdiana.
A acusação é da secretária-geral do MpD, Filomena Delgado, hoje, em conferência de imprensa, sobre os resultados definitivos publicados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) que confirmaram a vitória do Movimento para a Democracia (MpD) com maioria absoluta, ao obter 50,04 por cento (%) dos votos e 38 dos 72 deputados à Assembleia Nacional.
“O MpD repudia totalmente as suspeitas lançadas pelo PAICV em torno dos resultados eleitorais. Além de demonstrar ser um mau perdedor, o que o PAICV revela com essas declarações é um total desrespeito pelos cabo-verdianos que não são manipuláveis por muito que custe ao PAICV esse tempo terminou há 30 anos”, mencionou.
Para o MpD, se o PAICV ficou surpreendido com os resultados eleitorais a responsabilidade é exclusivamente do PAICV.
“Se o PAICV acha que há ilegalidades deve recorrer, há tribunais e outros meios para repor a legalidade caso entenda houver situações de ilegalidades, mas não podemos ficar neste de cada um mostrar a sua posição”, referiu, apontando que a vitória do MpD é a confiança que os cabo-verdianos manifestaram para continuar a governar nos próximos cinco anos.
Para a secretária-geral, a vontade popular manifestada nas eleições de 18 de Abril demonstra a vontade de um povo livre com capacidade de decidir o seu futuro.
Questionado sobre as afirmações do PAICV, que solicita a alteração do quadro legal das eleições para permitir denúncia de compra de votos, a secretária-geral desafiou a oposição a olhar para o interior do partido e o seu comportamento durante as eleições.
Por outro lado, reconheceu que todos têm que trabalhar para que as eleições decorram com “toda a tranquilidade, transparência, sejam livres e justas”, mas sublinhou que caso houver comportamento inadequados de alguns actores políticos será necessário fiscalizar e levar isso em conta.
Para o bem de Cabo Verde, exortou o PAICV a “abandonar a política populista, irresponsável e sem sentido de Estado que tem estado a pautar nos últimos anos”.
Nas eleições do passado dia 18 de Abril, num universo de 225.600 eleitores, 110.211 (50,04%) votaram nas lisas do MpD, que rendeu ao partido 38 dos 72 deputados que compõem o parlamento cabo-verdiano.
O PAICV ficou em segundo lugar ao obter 87.151 votos (39,57%) e 30 deputados, enquanto a UCID conseguiu 19.796 votos (8,99%) e quatro deputados, todos no círculo eleitoral de São Vicente.
AV/AA
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