Andyra Lima, jurista, advogada e professora, foi nomeada no cargo de diretora dos Serviços Prisionais e Reinserção Social, em regime de Contrato de Gestão, a 10 de janeiro de 2022, por convite da ministra da Justiça, Joana Rosa. No dia 8 de abril recebeu um despacho de rescisão desse mesmo contrato com efeitos imediatos.
As motivações da ministra Joana Rosa são ainda desconhecidas. O despacho, segundo fontes do Ministério da Justiça, que falaram com Santiago Magazine, sob anonimato, não explica os motivos da rescisão.
Neste momento, a Direção dos Serviços Prisionais e Reinserção Social está sob a responsabilidade de uma técnica até que Joana Rosa encontre alguém com capacidade para preencher a vacatura provocada pela demissão de Andyra Lima.
Santiago Magazine procurou falar com Lima, mas esta não se mostrou disponível para atender o repórter de serviço.
De todo o modo, segundo as fontes deste diário digital, há pelo menos duas questões que que requerem a atenção da sociedade. Primeira, este processo de demissão terá consequências financeiras para o tesouro público, na medida em que o Estado terá que indiminizar a funcionária demitida, por não ter sido uma demissão por justa causa.
Segunda, fica evidente uma certa desorientação da titular da pasta da Justiça em relação um dos serviços mais importantes do seu Ministério, que é a administração prisional e a reinserção social, sobretudo pelo seu impacto na prevenção e combate à reicidência, bem como na redução da população prisional e pendências processuais nos tribunais.
Comentários