O deputado do Movimento para a Democracia (MpD, poder) Emanuel Barbosa apresentou este domingo, 13, em Lisboa, a sua candidatura a coordenador da Comissão Política do MpD em Portugal (PT), justificando que é um projecto de proximidade.
A cerimónia de apresentação da candidatura ocorreu em Cova da Moura, um bairro com uma forte comunidade cabo-verdiana, e o candidato sublinhou que os militantes do MpD em Portugal entendem o partido como uma “alavanca para transformar a sociedade” e “melhorar a vida das pessoas, e nunca um instrumento para fazer negócios ou satisfazer mesquinhas ambições pessoais”.
“Não é por acaso que escolhemos Cova da Moura. Escolhemos Cova da Moura para começarmos a dar um sinal, desde a primeira hora, que este projecto é de proximidade, para estar próximo dos cabo-verdianos em Portugal e por Cabo Verde”, afirmou Emanuel Barbosa, acrescentando que o MpD em Portugal é um partido em que os militantes colocam “no centro das suas vidas o querer colectivo”.
Emanuel Barbosa salientou que o MpD assinala segunda-feira, 14, mais um aniversário da sua fundação, completando “32 anos de luta pelo Cabo Verde democrático, pela liberdade e um referencial de princípios e valores, tendo como base, o humanismo, o desenvolvimento e a justiça social”.
O deputado, candidato a sua própria sucessão para mais um mandato à frente do MpD-PT, esclareceu que a sua candidatura acontece porque entende que “nesta fase conturbada” que vive Cabo Verde, “é preciso um partido mais forte, mais coeso e mais junto da comunidade”, para poder enfrentar novos desafios e entregar-se “a novos combates”.
“Avanço ainda porque o MpD-PT não pode ser entregue à imaturidade, ao amadorismo, à irresponsabilidade e muito menos a estratega de jogos subterrâneos e sistémico, nem pode ter uma liderança manietável, manipulável e teleguiada”, disse, considerando que o MpD-PT precisa de uma liderança “forte e engajada” com a comunidade e com os grandes objectivos nacionais do partido.
Emanuel Barbosa defende um “partido plural, amplamente democrático e interventivo, sem figuras providenciais, nem tiques de autoritarismo”, mas onde “todos têm vez e voz”, porque não que um partido de aparelho, com “práticas controlaristas e pensamento único”, preparando o partido para ganhar todas as eleições em 2026.
“O MpD nacional tem que saber comunicar com rigor, sentido de responsabilidade, transparência e com a devida assertividade”, pediu, indicando que para conseguir esses objectivos é preciso intervir mais na comunidade cabo-verdiana espalhada por Portugal e “disputar taco a taco” o terreno com o adversário, com um combate “firma” à demagogia e à desinformação”.
O mandatário da candidatura, Norberto Rodrigues, considerou que todos conhecem Emanuel Barbosa pelo trabalho que tem realizado desde 2016, sublinhando que é com a liderança deste, que todos os militantes, simpatizantes e amigos do MpD “sentem orgulho do partido”.
“Apoio se faço um apelo que todos apoiem e abracem este projecto, por vários motivos. Emanuel é um homem simples que todos conhecemos, humilde, homem de carácter, com personalidade forte e defensor do povo. Todos temos orgulho de vê-lo no parlamento a defender tanto os emigrantes, como todos os cabo-verdianos”, frisou.
A sessão pública de apresentação da candidatura para as eleições marcadas para o dia 03 de Abril, teve lugar no bairro a Cova da Moura, tendo como palco o salão da Associação de Solidariedade Social Alto Cova da Moura, com vários testemunhos de apoiantes do candidato sobre o motivo de apoiar Emanuel Barbosa.
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