O MpD considerou hoje que o memorando de entendimento assinado para a conversão da dívida de Cabo Verde com Portugal em um Fundo Climático e Ambiental vai fortalecer o processo de desenvolvimento do país.
O governo de Portugal comprometeu-se esta terça-feira, 20, em Lisboa, a converter 12 milhões de euros da dívida que Cabo Verde tem para com este país europeu, destinados ao Fundo Climático e Ambiental, até 2025.
Em conferência de imprensa, na cidade da Praia, o secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva, defendeu que com essa rubrica a credibilidade e confiança foram reforçadas e que demonstra a capacidade do país em lidar com desafios complexos e estabelecer parcerias sólidas com outras nações.
“É importante ressaltar que esse acordo recebeu a chancela das Nações Unidas, através do seu secretário-geral, António Guterres, que tem sido um farol na luta pela sustentabilidade”, apontou Luís Carlos Silva, considerando que esse apoio reforça o apoio global à iniciativa da busca por soluções para os desafios ambientais.
“Esperamos que esse marco represente uma contribuição significativa para a sustentabilidade e a resiliência de Cabo Verde, mas tembém que inspire outros países e regiões a tomar medidas concretas em prol da acção climática”, acrescentou.
O memorando de entendimento para esse efeito foi assinado entre o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, e o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, e testemunhado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o seu homólogo português, António Costa.
“A dívida que seria paga por Cabo Verde até 2025 é integrada no Fundo Ambiental e Climático para que o Estado cabo-verdiano apoie o financiamento e invista na transição climática no país”, disse na ocasião o primeiro-ministro português, numa declaração conjunta no final da cerimónia, lembrando que este montante, até 2025 é de 12 milhões de euros.
Por sua vez, Ulisses Correia e Silva esclareceu que a dívida que Cabo Verde tem com Portugal, incluindo a dívida bilateral entre os governos, são cerca de 140 milhões, mais a dívida comercial junto da Caixa Geral do Depósito e do Banco Português de Investimento, que dão no total quase 600 milhões de euros”.
A cerimónia, que decorreu na residência oficial do primeiro-ministro português, em São Bento, contou com as presenças do ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, e do embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro.
Comentários