Cultura

Trata-se, segundo a escritora, de um livro de crónicas em que, inicialmente, começou por falar de viagens, mas depois veio a pandemia da covid-19 e acabou também por retratar um pouco as vivências deste período.

“E eu procurei sintetizar o que passava na mente de muitas pessoas e na minha também, escrevi muito sobre a covid-19, mas escolhi apenas ótimas coisas para não ser um livro triste, pessimista. Escrevi poucas crónicas sobre a covid, é mais a covid como um tempo e não como o assunto”, avançou.

A Menina de Cristal é uma estória que abre o livro e, segundo Dina Salústio, é uma narração que contrapõe um bocado o descontentamento, a amargura do sublime e do óptimo tendo em conta as insatisfações diárias das pessoas.

A autora diz sentir-se contente com lançamento de mais um livro e, ao mesmo tempo, uma angústia, apesar de estar há muito nessas andanças, por não saber o que os apresentadores vão dizer da obra, já que tem o costume de convidar sempre apresentadores que são estudiosos e investigadores em literatura.

“E então eu fico sempre naquela coisa, se gostam ou não gostam, mas eu avanço e convido sempre um investigador, um professor da universidade para lançar obra minha”, disse Dina Salústio, sublinhando que a leitura e a apreciação que fazem da obra, será sempre um acrescento do livro aos leitores.

Dina Salústio é autora de diversas obras, de entre as quais, “A estrelinha Tlim Tlim”, um livro infantil, “Mornas eram as noites”, considerado um clássico da literatura cabo-verdiana e que a tornou na primeira mulher entre os clássicos da literatura cabo-verdiana e a primeira escritora viva no grupo dos clássicos de Cabo Verde. Depois vieram romances, como “Filhos do Vento”, e outros.

A apresentação da obra vai estar ao cargo da Rosa de Porcelana Editora e a autora, e contam com apresentação de Manuel Brito Semedo e Mariana Faria, às 18:00, no auditório do Banco Interatlântico/Garantia, na Cidade da Praia.