O submarino Arpão vai escalar esta semana o porto do Mindelo, ilha de São Vicente, no âmbito da iniciativa 'Mar Aberto' 2023, o primeiro da Marinha portuguesa a atracar em Cabo Verde, foi hoje anunciado.
O submarino largou no dia 04 de abril da Base Naval de Lisboa e nesta missão, de 120 dias, vai percorrer, até ao início de agosto, 13.000 milhas (cerca de 24.100 quilómetros) e realizar 2.500 de navegação por dois continentes e cinco países, fazendo escala em São Vicente de 14 a 18 de abril, segundo informação da Embaixada de Portugal em Cabo Verde.
“O NRP Arpão será o primeiro submarino português a realizar uma missão deste tipo, sendo também a primeira vez que um submarino português cruza a linha do equador, tendo para isso posto à prova a capacidade logística operacional da Marinha”, destaca a informação.
Além de Cabo Verde, esta missão levará o submarino Arpão ainda ao Brasil, África do Sul, Angola e Marrocos, “contribuindo para o estreitamento das relações de cooperação militar e diplomáticas entre Portugal e cada um dos países visitados”.
“Com especial enfoque nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que este ano se realizará na África do Sul”, acrescenta a nota da Embaixada.
Durante o período de permanência na ilha de São Vicente, o submarino Arpão receberá a visita de alunos da Escola do Mar e da Universidade Técnica do Atlântico e várias entidades cabo-verdianas.
O submarino, da classe Tridente, de 70 metros de comprimento, conta com uma guarnição de 35 militares e é comandado pelo Capitão-de-fragata Taveira Pinto.
Segundo a Marinha portuguesa, a iniciativa ‘Mar Aberto’ visa “desenvolver ações de cooperação bilateral e multilateral, e de presença e diplomacia naval, nomeadamente, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Presenças Marítimas Coordenadas no Golfo da Guiné e Iniciativa ‘5+5 Defesa’, com Marrocos”.
Salienta ainda que as "características operacionais do submarino conferem-lhe a capacidade de efetuar patrulhas discretas em qualquer altura do ano e qualquer lugar, garantindo assim que as águas sob soberania ou jurisdição nacional, ou quaisquer outras onde seja requerida a sua presença, possam ter uma garantia extra de segurança da navegação".
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