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Cabo Verde declara apoio total a Israel. Para qualquer resolução junto da ONU
Política

Cabo Verde declara apoio total a Israel. Para qualquer resolução junto da ONU

Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, garantiu a Benjamin Netanyahu que, doravante, Cabo Verde não irá votar contra Israel nas Nações Unidas. Definitiva e independentemente do assunto a ser avaliado.

O chefe de Estado cabo-verdiano tinha-se reunido com o primeiro-ministro israelita há um mês, durante a reunião de líderes da CEDEAO, em Monróvia, Libéria, e onde Netanyahu se fez presente, numa tentativa de aproximação a África. Ali, o presidente da República comprometeu-se em como Cabo Verde passa daqui para a frente a dar total apoio a Israel sempre que estiver uma resolução por aprovar na Assembleia-geral das Nações Unidas.

Foi o próprio líder israelita quem anunciou a promessa feita por Jorge Carlos Fonseca no seu twitter e divulgado pela imprensa daquele país do Médio Oriente. “Congratulo-me com a decisão do presidente de Cabo Verde. Este é o resultado de uma intensa actividade diplomática entre Israel e África”, escreveu Benjamin Netanyahu esta quarta-feira, 2.

https://twitter.com/netanyahu/status/892822289678577667

Os jornais de Israel afirmam, contudo, que continua pouca clara o que Jorge Carlos Fonseca disse ao embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas e, sobretudo, se o chefe de Estado cabo-verdiano já informou o diplomata de Cabo Verde na ONU que doravante o arquipélago passa definitivamente a estar do lado de Israel, seja em que resolução for, escreve o Times of Israel, que lembra que Cabo Verde é um pequeno país africano com população maioritariamente cristã - Israel é o maior país judeu do mundo.

O Jerusalem Post recorda que, geralmente, Cabo Verde tem votado contra Israel nas assembleias-gerais da ONU, embora às vezes o país tenha também optado por se abster em algumas questões relacionadas Israel. "Por exemplo, Cabo Verde não estava presente no voto da Assembleia Geral em 2009, aceitando o Relatório Goldstone, que acusou Israel de crimes de guerra em Gaza durante a Operação Plomo Fundido; Absteve-se na votação da UNESCO em 2011 para aceitar os palestinos como um Estado-Membro; E foi contra Israel em 2012, quando votou a favor da concessão aos palestinos do status de um Estado observador não-membro na ONU", relata o Jerusalem Post.

O mesmo jornal refere que Banjamin Netanyahu declarou a sua ofensiva diplomática para África como um dos principais objectivos da política externa israelita, na esperança de quebrar a tradicional tendência anti-Israel da maioria dos países junto dos organismos internacionais, como a ONU. Em um ano, Netanyahu visitou o continente duas vezes e neste momento planeia financiar e participar numa grande cimeira África-Israel, a acontecer em Outubro próximo no Togo, e onde Israel espera pela presença de Jorge Carlos Fonseca.

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Redação