A Comissão Política Regional (CPR) do PAICV pediu hoje ao ministro do Mar que assuma a responsabilidade de resolver o problema de transporte de e para a Brava ou então que deixe o cargo.
Este pedido foi feito em comunicado de imprensa, após o anúncio por parte da CV InterIlhas para a diminuição das viagens de ligação de e para a Brava para duas vezes por semana, nomeadamente, sexta-feira e sábado.
Conforme a mesma fonte, a situação do transporte de e para Brava tem sido “gritante” e a tendência é piorar dia após dia.
“A situação na Brava tenderá a ficar ainda muito pior e não há outra saída. Ou o ministro do Mar assume a resolução do problema com a coragem necessária, em nome do Governo, ou que peça demissão, porque a CV InterIlhas faz e desfaz na região Fogo e Brava a seu bel-prazer”, exige a CPR.
Para o PAICV, as declarações do presidente da câmara, Francisco Tavares, vieram dar razão àquilo que há um ano esta Comissão Política vem denunciando, faltando somente o Governo assumir a “falência total” da política de transporte do Governo do MpD e o caos nos transportes públicos no sector marítimo que esta governação relegou a ilha Brava, sublinhando que para o PAICV sempre esteve em causa os superiores interesses da população.
“Não é de hoje que vem se degradando o serviço de transporte de cargas e passageiros para a Brava, isto vem desde o início do Governo sustentado pelo MPD, quando começaram o desmantelamento da frota marítima nacional. E a corda, como sempre, teria que arrebentar do lado mais fraco”, reforçando que nem mesmo o Presidente da República se livrou desta situação, tendo sido “impedido” de chegar à Brava há cerca de dois meses atrás e não teve a reação de nenhum membro do Governo ou mesmo da Câmara Municipal da Brava.
“A Brava não merece esta desconsideração e este Governo sem ideias, sem atitudes e sem perspetivas futuras e muito menos uma Câmara Municipal apática, que tem a brava completamente parada, sem investimentos e sem nenhuma oportunidade para os bravenses”, acusou.
Para finalizar, a CPR deixou claro no comunicado de que o PAICV “não vai baixar os braços”, lembrando ao Governo que deve também governar para a Brava, defendendo também que caso o Presidente da Câmara Municipal da Brava tivesse juntando a voz aos bravenses e ao PAICV desde o início para lutar contra esta situação, talvez não chegasse a este ponto.
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