O professor universitário Aquilino Varela afirmou hoje à Inforpress que mantém a sua candidatura pelo movimento independente Iniciativa Cidadã à presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, no interior de Santiago, nas eleições autárquicas deste ano.
“Sim, mantenho a minha candidatura como independente às eleições autárquicas deste ano. De momento, já temos sede de campanha e equipa no terreno a trabalhar, já reunimos com delegações e serviços desconcentrados de Estado, e com presidentes de associações comunitárias. Tudo está bem encaminhado e organizado”, declarou Aquilino Varela.
O movimento independente, segundo o ex-director-geral do Ensino Superior, vai nos próximos dias anunciar o nome da pessoa que vai fazer a dupla com ele para a Assembleia Municipal de Santa Catarina nas eleições autárquicas.
“Santa Catarina mais do que nunca já deu sinais que é preciso tirá-lo do esculpo ideólogo dos partidos políticos. Julgo que é unanimemente percebido que em Santa Catarina partidos políticos já estoiraram os seus potenciais para o desenvolvimento da cidade. O MpD está a fechar um ciclo de 16 anos interruptamente e vai totalizar 24 anos de poder local em Santa Catarina e o PAICV fez dois mandatos na Câmara Municipal Santa Catarina”, observou.
“Santa Catarina hoje é quase unanimemente avaliado como um concelho que retrocedeu no seu processo de desenvolvimento, apesar dos investimentos dos emigrantes, ascensão social e de tantas potencialidades que tem, a nível da pesca, agricultura, comércio local, e dentre outros aspectos que podem ser explorados”, reforçou o candidato independente.
Aquilino Varela, que tem comentado a vida política nas rádios e televisões do país, acrescentou que Santa Catarina é um concelho que regrediu se se comparar com os municípios que foram criados a partir dos anos 90, nomeadamente São Miguel, “que apesar das suas dificuldades e pequenez”, têm estado a demonstrar “algum impulso” de desenvolvimento, o mesmo em relação a Santa Cruz e Tarrafal.
Doutorado em Ciência Política, Varela lamentou, por outro lado, o facto de este município santiaguense, outrora considerado o terceiro em matéria de grandeza, de população e até de recursos, hoje é o quarto concelho, de acordo com o Índice de Coesão Territorial, e ultrapassado por muitos municípios como Ribeira Grande, de Santo Antão, por exemplo.
Perante tudo isso, vincou que por ser filho de Santa Catarina, natural da localidade de Gil Bispo, e cuja família apostou nele para uma “forte” ascensão social, quando volta para Gil Bispo, Santa Catarina e para a cidade de Assomada e encontrar os demais “Aquilinos” que não conseguiram “ascensão social” não podia ficar indiferente para não concorrer à presidência da Câmara Municipal de Santa Catarina.
Outrossim, expôs, deve-se ao facto de a vida de os demais “Aquilinos” e jovens não deu “grande passos”, seja por causa do Governo central, que a seu ver, não os viu de forma equitativa para algum seguimento social e o próprio poder local que não conseguiu engatilhar grande contexto de desenvolvimento social.
Em Santa Catarina também já é conhecida a candidatura de Jacinto Horta, que vai encabeçar a lista do Movimento para a Democracia (MpD, poder), do actual deputado nacional Armindo Freitas, para Partido Africado da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), e do jurista Félix Cardoso, também como independente, estes dois últimos concorrer pela segunda vez.
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