Política

À imprensa o artista plástico revelou ainda que “Nos mar nos sustentu”, de hoje a 06 de Março, é uma homenagem aos pescadores e peixeiras, bem como uma forma de chamar a atenção da população para a proteção do mar, que é “a riqueza da nação” cabo-verdiana.

Joaquim Semedo avançou que a sua arte retrata suas vivências, acontecimentos da sociedade em geral, tentando abordar sempre uma diversidade de temas, para além da natureza, traz figuras, povo cabo-verdiano e homenageia os artistas, tendo exemplificado com o mural de artista feito na zona de Terra Branca, na Cidade da Praia.

Ele que consegue viver “100% e muito bem” somente com a sua arte, conforme revelou, fez um balanço positivo destes 15 anos de carreira, exprimindo a sua gratidão por tudo o que tem conseguido apesar das dificuldades.

“Não foi fácil, para ter sucesso, para conseguir algo bom há que sacrificar, e foi com muito sacrifício, mas tem um sabor bom. Encontrei várias barreiras quando fui fazer o meu curso em Portugal, sobretudo dificuldade em pagar a universidade, estadia, alimentação, mas tudo isso faz parte, talvez se fosse fácil eu não estaria a comemorar estes 15 anos com este sabor seria só mais uma coisa banal”, sublinhou.

Joaquim Semedo assinalou ainda que ser artista plástico não é só ter talento, pois exige esforço assim como qualquer outro trabalho, tendo ressalvado que há muitas dificuldades para ser artista plástico em Cabo Verde, listando a não valorização por parte da população.

A exposição “Nos mar nos sustentu” conta dez telas, e, no mês de Março, anunciou, realizará outra exposição em São Lourenço dos Órgãos, com 15 painéis, que vão retratar histórias ouvidas e coisas vividas desde criança até idade adulta.

O artista tem vindo a fazer várias exposições não só em Cabo Verde, mas também no estrangeiro como nos Estados Unidos da América, França e Portugal.