Um homem suspeito do tráfico de seres humanos foi detido pelo Serviço do Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de Lisboa na posse de documentos de um jovem de 15 anos, tendo ficado em prisão preventiva, foi hoje divulgado.
Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o homem, de nacionalidade estrangeira não divulgada, foi detetado no controlo de fronteira na posse de documentos alheios, pertencentes a um menor de 15 anos, que dias antes tinha sido detetado pelo SEF na área internacional do aeroporto.
A criança disse ter sido aliciada pelo homem, nas ruas de Luanda, a viajar para a Europa. No decorrer da viagem para Portugal, o homem terá ficado com os documentos do menor e informou-o que de Lisboa seguiriam para Cabo Verde, onde ficaria à guarda de um grupo que o aguardaria num hotel da cidade da Praia, onde já tinham reserva, adianta o SEF.
O menor, chegado a território nacional, acabou por fugir do arguido, escondendo-se na área internacional do Aeroporto Humberto Delgado, local onde acabou por ser encontrado pelo SEF, indocumentado.
A criança foi entregue ao Tribunal de Família e Menores e está, agora, instalada em casa segura para menores sinalizados como vítimas de tráfico.
Esta deteção decorreu durante a Operação Bambini 2, realizada pela Direção Central de Investigação do SEF, “que teve como finalidade o controlo sistemático, exaustivo e minucioso da situação documental de todos os menores, provenientes de determinadas origens. Com esta ação, o SEF pretendeu apurar de forma mais precisa o volume de situações de fraude documental e de auxílio à imigração ilegal eventualmente ligadas a tráfico de pessoas, no caso vertente de menores”, refere aquela polícia.
A operação decorreu de 24 a 28 de fevereiro, no Aeroporto Humberto Delgado, e contou com a participação de 25 inspetores, que identificaram 1.335 cidadãos estrangeiros, 177 dos quais menores.
Foi, ainda, possível “testar equipamentos móveis de controlo que permitem, com celeridade e segurança, detetar e confirmar qualquer indicação que conste nas bases de dados nacionais e internacionais, em qualquer local que não, apenas, a primeira linha de controlo de fronteira”.
Com Lusa
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