
O Knesset (parlamento israelita) aprovou um plano preliminar prevendo a execução de prisioneiros palestinianos. O Hamas descreveu a medida como a personificação da “horrível face fascista da ocupação israelense” e uma demonstração do desprezo de Israel por todas as leis e normas humanitárias internacionais. O Centro Palestiniano para a Defesa dos Prisioneiros alertou que as consequências desta medida serão “mais sangrentas” e organizações de direitos humanos instam a ONU para interromper o projeto.
O movimento de resistência palestiniano Hamas condenou nesta segunda-feira, 03, a aprovação preliminar do projeto de lei que prevê a execução de prisioneiros palestinianos pelo Comité de Segurança Nacional do Knesset (parlamento israelita), tendo descrito a medida como a personificação da “horrível face fascista da ocupação israelita” e uma demonstração do desprezo de Israel por todas as leis e normas humanitárias internacionais.
Em resposta à situação, o movimento palestiniano exigiu ação urgente das Nações Unidas e das instituições de direitos humanos para interromper o projeto, declarando ainda que “o governo israelita do extremismo e do terrorismo está demonstrando, mais uma vez, que se alimenta do sangue e do sofrimento dos prisioneiros em suas cadeias”.
Por sua vez, diversas organizações de direitos humanos consideram a legislação um instrumento de vingança política e racial, inserida na guerra de extermínio que Israel vem travando contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, desde 07 de outubro de 2023.
Região poderá ser arrastada para nova espiral de violência
O Centro Palestiniano para a Defesa dos Prisioneiros alertou que as consequências desta medida serão “mais sangrentas” e poderão arrastar toda a região para uma nova espiral de violência. Por isso, exigiu que a ONU e as organizações internacionais assumam as suas responsabilidades para travar as “políticas criminosas” de Israel, que propõem a execução de qualquer pessoa que cause a morte de um israelita motivado por ódio ou pelo desejo de prejudicar Israel.
Em março de 2023, o Knesset já havia aprovado a primeira versão deste projeto de lei.
Também a Autoridade Prisional e o Clube de Prisioneiros Palestinianos relataram o martírio do prisioneiro Muhammad Hussein Muhammad Ghawadra, de 63 anos, que estava detido desde 06 de agosto na prisão de Cannot (na foto).
Com a morte de Ghawadra, o número de prisioneiros mortos por Israel, desde o início da campanha genocida na Faixa de Gaza, sobe para 81, cujas identidades foram totalmente documentadas por organizações palestinianas.
C/Opera Mundi
Foto:DR
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Comentários
Casimiro Centeio, 4 de Nov de 2025
Desculpem, mas as Nações Unidas há muito que deixaram de ter a voz perante a Humanidade!
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