Nicolás Maduro. “Eles raptaram, torturaram e mantêm refém em Cabo Verde um diplomata especial (Alex Saab) do Governo. Mas não contaram com nossa astúcia” (Video)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou duramente Cabo Verde pela detenção do seu diplomata, Alex Saab, a pedido dos Estados Unidos da América. Em video divulgado esta semana, Maduro voltou a afirmar que a prisão, para extradição, de Saab "é ilegítima, ilegal e desumana".

“Eles raptaram o homem de negócios, diplomata especial do Governo Bolivariano, Alex Saab Morán, que foi o único que trouxe ajuda alimentar para a Venezuela de todo o mundo. Eles raptaram-no, torturaram-no e ainda o mantêm refém em Cabo Verde de forma ilegítima, ilegal e desumana”, atirou o presidente venezuelano.

Segundo Nicolás Maduro, a detenção de Saab visou acabar com o programa CLAP, “que é o alimento de toda a família venezuelana. É algo criminoso. E fizeram mesmo. Mas não contaram com nossa astúcia”.

De acordo com Maduro, a Venezuela “não pode importar nenhum alimento do mundo por causa do império gringo. Mas não contaram com nossa astúcia. Vamos produzir tudo aqui na Venezuela. Hoje posso garantir que as 7 milhões de famílias que estavam atendidas pelo CLAP, têm alimento produzido na Venezuela. Todos os alimentos produzidos na Venezuela. Tudo, mesmo tudo produzido em terras venezuelanas. Não contavam com nossa astúcia”, repetiu Nicolás Maduro.

Alex Saab, tido pelos EUA como testa de ferro de Maduro, vinha negociando com vários países do mundo o fornecimento de bens alimentares para a Venezuela. Nomeado diplomata especial, Saab viajava para o Irão, em busca de mais ajuda, quando, numa escala feita na ilha do Sal para reabastecimento, no dia 12 de Junho de 2020, foi detido pela Interpol, em colaboração com a polícia cabo-verdiana, seguindo ordens dos EUA que o acusa de lavagem de dinheiro.

O Tribunal Constitucional decidiu há algumas semanas a favor da extradição de Alex Saab, mesmo com o tribunal da CEDEAO, Comité dos Direitos Humanos da ONU e outras instituições e países, como Rússia, China, Irão ou a própria Venezuela a condenar todo o processo.

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