Morreu Colin Powell, antigo secretário de Estado dos EUA, vítima de Covid-19
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Morreu Colin Powell, antigo secretário de Estado dos EUA, vítima de Covid-19

Colin Powell, antigo secretário de Estado norte-americano morreu hoje, 18, vítima de complicações de Covid-19, aos 84 anos de idade. A informação foi avançada pela família, em comunicado. Colin Powell foi o primeiro negro a liderar a diplomacia americana.

A família revelou, numa nota publicada nas redes sociais, que Colin Powell estava totalmente vacinado e aproveitou a ocasião para agradecer aos profissionais de saúde que o trataram no hospital Walter Reed, localizado nas periferias de Washington. O hospital é conhecido por receber e tratar, ao longo dos anos, os chefes de Estado americanos.

"Perdemos um marido, pai, avô e um grande americano, notável e amoroso", disse a família na nota publicada.

Colin Powell serviu como principal oficial militar dos Estados Unidos da América e também como diplomata, tendo exercido na sua maioria cargos durante os mandatos de George W.Bush.

O ex-Presidente norte-americano já reagiu à morte de Colin Powell e recordou-o como "um grande servidor do Estado" e uma "pessoa bastante respeitada".

George W. Bush disse ainda que muitos foram os "presidentes que confiaram no julgamento e na experiência do general Powell", uma pessoa "muito respeitada em casa e no exterior".

Colin Powell foi o primeiro negro a ocupar cargos de uma importância fulcral no governo dos Estados Unidos da América. Foram eles conselheiro de Segurança Nacional na administração de Ronald Reagan, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas de George W. Bush durante a primeira Guerra do Golfo, em 1991, e, por último, secretário de Estado de George W.Bush, tendo-se destacado como uma figura importante durante a Guerra do Iraque.

O defensor da guerra no Iraque fez um discurso mediático no Conselho de Segurança da ONU em 2003 onde alegou que existiam armas de destruição em massa no Iraque, argumentos que levaram com que os EUA invadissem o país.

Anos mais tarde, o general considerou que o seu discurso tinha constituído uma "mancha" na sua reputação, uma vez que foi acusado de facultar informações falsas.

"É uma mancha porque fui eu que fiz essa exposição em nome dos Estados Unidos da América para o mundo e ela sempre fará parte da minha história", disse, na altura.

Colin Powell foi ainda um líder incontestável na luta contra o terrorismo, após os ataques do 11 de Setembro de 2011, tendo sido uma peça fulcral para delinear a estratégia dos Estados Unidos da América a partir desse momento.

Fonte: RFI

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