O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou esta sexta -feira a retirada de centenas de diplomáticos dos Estados Unidos colocados no país, além da desapropriação de duas propriedades diplomáticas americanas na Rússia.
A decisão veio em resposta ao novo pacote de sanções aprovado no senado Washington contra o Moscovo, conforme avançou a agência Reuters. As novas sanções dos EUA foram, em parte, uma resposta às descobertas das agências de que a Rússia se terá intrometido nas eleições e para punir a anexação da Crimeia, em 2014.
Após a aprovação das novas sanções contra a Rússia, o país já ameaçava retalhação há várias semanas. O presidente Vladimir Putin alertou na quinta-feira que a Rússia deveria retaliar contra o que chamou de “comportamento burguês dos EUA”, e conforme adiantou esta sexta-feira, o seu porta-voz, Dmitry Peskov, o voto no Senado foi a última gota d água.
Após esta decisão, cai por terra as esperanças iniciais do Krmelin em ter melhores laços com os Estados Unidos. Uma das propostas que Donald Trump, havia dito que queria alcançar caso for eleito presidente dos EUA.
De acordo com o anúncio, os EUA tem até 1 de Setembro para reduzir a sua equipa diplomática. O Ministério das Relações Exteriores exige 455 pessoas na Rússia. Um número correspondente aos diplomatas russos deixados nos EUA em Dezembro de 2016.
O anúncio não esclarece quantos diplomatas dos EUA e outros trabalhadores vão ser obrigados a deixar o país, mas a agência de notícias Interfax citou uma fonte que fala de "centenas" de pessoas afetadas. Tudo indica que o número será superior aos 35 russos “expulados” de Washington.
De acordo com o que disse uma fonte diplomática à Agência Reuters, serão os Estados Unidos a decidir quais os postos a extinguir, sejam eles ocupados por cidadãos americanos ou russos. Um funcionário anónimo da Embaixada dos EUA, disse que a Embaixada emprega cerca de 1.100 funcionários diplomáticos e de apoio, incluindo cidadãos russos e americanos.
Em reação ao anúncio da Rússia e as sanções aprovadas no senado de Washington, um alto assessor da Casa Branca disse na quinta-feira aos médias que a Trump pode vetar a legislação aprovada no Senado para impor medidas ainda mais pesadas. Mas espera-se que o projeto já aprovado garanta apoio suficiente em ambas as câmaras para anular qualquer veto presidencial.
Fonte: Agência Reuters e Correio da Manhã
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