Segundo a inforpress, o infecciologista do Ministério da Saúde, admitiu entretanto tratar-se de uma doença em que a maior parte dos doentes só sabe da sua contaminação quando efectua um rastreio específico para tal. Barreto fez estas declarações no âmbito do Dia Mundial da Hepatite, assinalado a 28 de Julho.
Sendo silenciosa, o especialista, sublinhou que para dar vazão ao apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde disponibiliza testes para identificação da hepatite B, que podem ser feitos nos hospitais ou em laboratórios privados.
Quanto aos outros tipos de hepatite, Jorge Barreto disse que “normalmente são curáveis”, mas para isso, o doente deve estar atento e em sintonia com o médico, pois, a atitude de muitos pode “fazer piorar a doença e resultar numa cirrose ou cancro”.
Em Cabo Verde, sublinhou o especialista, há mais de dez anos que, através do Plano de Vacinação Nacional, as crianças recebem três doses de vacinação de hepatite B em momentos diferentes, o que protege e previne que a doença venha a surgir na idade adulta.
Este ano, a campanha é assinalada sob o lema “Eliminar a Hepatite” e exorta os países assim como as comunidades a acelerarem o passo para se atingir a meta da eliminação da hepatite viral até 2030.
Na sua mensagem alusiva à data, a directora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, sublinha o facto de que a hepatite viral é um grave problema de saúde à escala mundial, que requer uma resposta urgente.
Ainda segundo Matshidiso Moeti, o primeiro relatório mundial sobre a hepatite, produzido pela OMS em 2017, mostra que, em finais de 2015, aproximadamente 325 milhões de pessoas viviam com uma infecção crónica devida ao vírus da hepatite B ou da hepatite C.
Destas, salienta na mensagem, cerca de 70 milhões encontram-se na Região Africana onde, em 2015, estima-se que a doença tenha causado mais de 136 mil óbitos.
O relatório de 2017 mostrou, ainda, que somente 9 por cento (%) das pessoas foram infectadas com o VHB e 20% com o VHC foram submetidas a testes e diagnosticadas.
Entre as pessoas que foram diagnosticadas com infecção pelo VHB, 8% encontravam-se em tratamento, enquanto que 7% daquelas diagnosticadas com infecção pelo VHC tinham começado o tratamento em 2015.
Assim, a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável convoca a comunidade internacional a lutar contra a hepatite e recomenda abordagens inclusivas que promovam a equidade e a Cobertura Universal Sanitária para que ninguém fique para trás.
Segundo aquela responsável, a OMS continuará a apoiar os estados-membros na implementação da estratégia contra a hepatite visando a eliminação deste problema de saúde pública na Região Africana.
De acordo com especialistas, as hepatites virais tipos A-E causam infecção e inflamação no fígado, que podem levar a cirrose hepática, câncer do fígado e são transmitidas por má higiene dos alimentos, água contaminada e falta de saneamento.
Já as hepatites B, C e D são transmitidas por sangue, esperma e outros fluidos corporais contaminados.
Com Inforpress
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