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PAICV acusa deputado do MpD de “uso de influência política” para “favorecer empresa de que é proprietário”
Política

PAICV acusa deputado do MpD de “uso de influência política” para “favorecer empresa de que é proprietário”

O PAICV acusa o deputado do MpD, Miguel Monteiro de usar a  sua  influência política para o fornecimento de prestação de serviços da sua empresa IT Solucions.

Em conferência de imprensa, o membro da Comissão Politica Nacional, Fidel Cardoso de Pina, disse que esta denúncia foi feita por uma empresária nacional na sua página de Facebook, com “acusações sérias” e com “provas concretas” contra o deputado da Nação, que também desempenha a função de secretário da Mesa e membro do conselho de administração da Assembleia Nacional.

Fidel Cardoso de Pina acrescentou que a empresa, “detida maioritariamente” pelo deputado Miguel Monteiro, tem tido um “crescimento exponencial”, a ponto de ser “quase sempre seleccionada pelo Governo para todos os eventos tecnológicos importantes” no País e no estrangeiro, “à custa do erário público e em detrimento de outras empresas mais experientes e com soluções mais inovadoras”.

“A título de exemplo, depois da sua criação, em Outubro de 2017, já foi seleccionada para representar Cabo Verde na Websummit em Lisboa, no Seadstars Cabo Verde, na CV Next, e nomeado na categoria empreendedorismo na Gala Somos Cabo Verde”, apontou.

Fidel Cardoso de Pina adiantou ainda que os empresários do sector das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)   já reclamaram o seu descontentamento junto do primeiro-ministro e do ministro das Finanças e que “não foram tomadas medidas”.

“Vozes internas do próprio MpD dizem que o motivo do afastamento e da recente substituição do deputado Miguel Monteiro das suas funções de secretário-geral desse partido se deve também estes factos “, observou Fidel Cardoso de Pina.

Ainda sobre o deputado nacional, acrescentou o membro da Comissão Politica Nacional do PAICV, recai suspeitas de “ter apresentado ou mesmo prestado” serviços efectivos à Assembleia Nacional, não se sabendo se estava a actuar como sócio gerente da empresa IT Solutions ou de secretário da Mesa e membro do conselho de administração da Assembleia Nacional.

Perante “estes factos”, o PAICV exortou as autoridades na posse dessas informações e dessas denúncias públicas a exercerem as suas competências de fiscalização, protecção e garantia da boa governação e aplicação dos recursos públicos.

“O PAICV ciente da necessidade do desenvolvimento, em que Cabo Verde deve estribar-se em pilares de transparência e de boa governação, apresentou à casa parlamentar, uma lei de Transparência Activa na Administração Pública precisamente para proteger e blindar o país dessas práticas nocivas de governação”, concluiu.

Com Inforpress

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Redação