Em Foco

A actividade arrancou na praça de Ponta d’Água e teve como objectivo, segundo o presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Arlindo Carvalho, minimizar a presença do mosquito transmissor da dengue, especialmente em áreas com maior prevalência.

“Temos um plano que prevê intervenção em vários municípios e localidades bem identificadas, onde o risco de propagação é maior. Hoje estamos a lançar uma megacampanha com a participação de voluntários de todo o país”, afirmou Arlindo Carvalho.

A acção, que inclui os bairros de Ponta d’Água, Vila Nova, Safende e Fazenda, faz parte do plano operacional de combate à doença e conta com a participação activa de voluntários de todas as representações da Cruz Vermelha no interior de Santiago.

Em declarações à imprensa, Arlindo Carvalho considerou que a campanha vai além da limpeza das áreas afectadas, pois objectiva também sensibilizar a população para a importância de prevenir e eliminar o mosquito.

“Queremos atacar os pontos críticos da cidade e mostrar que os voluntários da Cruz Vermelha estão na linha da frente, conscientes de que o perigo está ao lado, e devem se unir para combater o problema”, sublinhou o presidente.

Durante o dia, o foco será o contacto directo com as comunidades, com a distribuição de kits de prevenção e a realização de ações de limpeza.  

As intervenções ocorrerão em locais onde as famílias não têm condições de eliminar o mosquito de forma eficaz.

“A nossa meta é diminuir fortemente a presença do mosquito, especialmente nos bairros mais afetados, e garantir que a população continue a manter os espaços limpos após a campanha”, explicou

O presidente da Cruz Vermelha destacou que, embora a campanha tenha um caráter de emergência, existe um plano de continuidade para garantir que os esforços de combate à dengue não se limitem a um único dia.

“A epidemia tende a ter uma fase descendente, mas pode regressar se não tomarmos os cuidados necessários. Por isso, vamos continuar a trabalhar com as comunidades para garantir que elas se mantenham vigilantes e possam combater o mosquito a longo prazo”, afirmou.

Outro ponto destacado pelo presidente foi o papel da juventude na campanha, já que a Cruz Vermelha de Cabo Verde é composta em grande parte por jovens voluntários, e a participação activa dessa faixa etária tem sido essencial.

“A população jovem tem demonstrado grande entusiasmo e envolvimento. Juntos, com o apoio de outras associações comunitárias, estamos a trabalhar para atingir o nosso objetivo de ‘dengue zero’”, afirmou.

A Cruz Vermelha de Cabo Verde tem conseguido mobilizar recursos para a realização da campanha através de parcerias com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, empresas, instituições e os próprios voluntários.

O presidente destacou ainda o apoio financeiro do Fundo de Emergência da própria Cruz Vermelha de Cabo Verde, que tem sido fundamental para o sucesso da operação.

A iniciativa acontece no âmbito da “Operação Dengue Zero 2024”, desenvolvida pela instituição humanitária, que, na qualidade de auxiliar dos poderes públicos, mobilizou apoios junto à Federação Internacional das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e através do Disaster Response Emergency Found (DREF).