Câmara Municipal do Maio denuncia abandono da ilha e exige apoio urgente aos operadores turísticos
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Câmara Municipal do Maio denuncia abandono da ilha e exige apoio urgente aos operadores turísticos

O presidente da Câmara Municipal do Maio, Rely Brito, denunciou esta segunda-feira, 16, o “abandono e isolamento” da ilha por parte do Governo e pediu um “apoio reforçado” aos operadores afectados pelos problemas no setor dos transportes.

Em declarações à imprensa, o edil afirmou que a política de transportes para a ilha “não tem correspondido às necessidades locais”, com "consequências danosas” para a economia e para a vida das pessoas.

“Em nome dos habitantes do Maio, tomamos hoje a palavra para dizer que o problema dos transportes interilhas está a tornar-se insuportável. O Governo de Cabo Verde, assim como os demais órgãos do poder, não podem continuar com a cabeça escondida enquanto o corpo inteiro está exposto para desespero de toda a ilha”, afirmou.

Segundo Rely Brito, os actuais constrangimentos nos transportes marítimos e aéreos deixaram de ser incidentes pontuais e passaram a representar uma “realidade diária”, que tem impactado fortemente o quotidiano dos habitantes e o funcionamento das actividades económicas.

O autarca destacou ainda as dificuldades no acesso a serviços como consultas médicas fora da ilha, a quebra na entrada de turistas e os obstáculos no abastecimento ao comércio local, que, segundo disse, têm fragilizado os pequenos empresários e ameaçado postos de trabalho.

“As cargas atrasam, as prateleiras esvaziam-se, os preços sobem, os clientes tornam-se escassos”, lamentou, reiterando a necessidade de apoio aos comerciantes e empresários do sector turístico atingidos pela crise.

Neste contexto, apelou ao Governo para uma política de transportes capaz de responder aos desafios da insularidade, pedindo "soluções urgentes" junto das companhias aéreas e marítimas para pôr fim ao isolamento da ilha do Maio.

O transporte marítimo para o Maio está condicionado desde a avaria dos navios Kriola e Liberdadi, enquanto as ligações aéreas têm sido marcadas por sucessivos cancelamentos, agravando a crise no sector.

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