TACV. SITTHUR exige pagamento das pensões dos trabalhadores que aceitaram a pré-reforma
Economia

TACV. SITTHUR exige pagamento das pensões dos trabalhadores que aceitaram a pré-reforma

Com o Hub aéreo no Sal envolto em polémicas, sobretudo por causa da manifesta incapacidade da Binter em responder aos desasfios de distribuição dos passageiros para as restantes ilhas do arquipélago, particularmente Santiago e São Vicente, a TACV enfrenta ainda o problema de pagamento das pensões dos trabalhadores que aderiram ao processo de pré-reforma, para além de outras questões laborais. O governo, principal responsável disto tudo, remeteu-se ao silêncio, faz tempo. E quem vem pagando o pato são os cabo-verdianos, este povo andarilho, sempre a saltar o oceano.

O SITTHUR quer que a administração da TACV garanta o pagamento das pensões dos trabalhadores que aderiram ao processo de pré-reforma, uma vez que o Governo garantiu que a empresa será privatizada até ao final do ano.

Em declarações à Inforpress, o secretário permanente do Sindicato dos Transportes, Telecomunicações Hotelaria e Turismo (SITTHUR), Carlos Lopes adiantou que o acordo entre a Direcção Geral do Tesouro, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e a administração da TACV, anunciado em Dezembro do ano passado, ainda não foi assinado.

Segundo explicou, o acordo visa dar garantias quanto ao pagamento das pensões de reforma futuras dos trabalhadores, do processo de pré-reforma, e vai transferir a gestão das mesmas para o INPS.

Tendo em conta que o Governo anunciou que o processo de privatização da Cabo Verde Airlines “ficará concluído” até ao final do ano, o sindicalista avançou que há uma “incerteza muito grande” no seio dos trabalhadores, uma vez que não há garantias sobre as respectivas pensões e que, a par dessa situação, as pensões são pagas com “sucessivos atrasos”.

Explicou que em relação aos outros programas de reforma antecipada, o INPS tem recebido das empresas os valores correspondentes aos descontos quer dos trabalhadores quer dos empregadores até a data que o trabalhador atingir a idade da reforma oficial, que é 60 para mulheres e 65 para homens.

“Se os trabalhadores que aderiram ao programa tiverem 10 anos para atingir a idade da reforma, quer dizer que a empresa terá de fazer os descontos durante esse período, sendo que são 8% dos trabalhadores e 15% das empresas para entregar o INPS”, esclareceu Carlos Lopes que sublinhou que, para fazer a gestão deste processo, o INPS terá de receber recursos do Governo.

O secretário permanente revelou ainda que o sindicato tem estado a insistir com a administração da TACV, mas que até ao momento não receberam nenhum ‘feedback’, e realçou que há necessidade de regularizar esta questão.

Carlos Lopes mostrou-se convicto de que a demora e silêncio da administração da empresa tem a ver com problemas financeiros.

Por outro lado, acrescentou que “as negociações não têm sido fáceis”, sendo que há ainda muitas questões pendentes, como o programa de mútuo acordo e de transferência para a ilha do Sal. E, pelo ritmo como têm conduzido as questões, o sindicalista duvida que o problema ficará resolvido até o final do ano.

Com Inforpress

Partilhe esta notícia

SOBRE O AUTOR

Redação

    Comentários

    • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

    Comentar

    Caracteres restantes: 500

    O privilégio de realizar comentários neste espaço está limitado a leitores registados e a assinantes do Santiago Magazine.
    Santiago Magazine reserva-se ao direito de apagar os comentários que não cumpram as regras de moderação.