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Relatório aponta que Volume de Negócios dos TACV diminuiu 99% em 2021
Economia

Relatório aponta que Volume de Negócios dos TACV diminuiu 99% em 2021

A TACV registou uma diminuição de volume de negócios em 99% em 2021, com conforme notou o Relatório de Desempenho do Sector Empresarial do Estado (SEE) divulgado hoje pelo Governo de Cabo Verde.

Por outro lado, pontuou o relatório que o Valor Acrescentado e (VA) e o Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) e os Resultados Líquidos (RL) melhoraram face ao ano anterior, pese embora, tenham registado valores negativos.

A melhoria registada é explicada pela diminuição dos custos operacionais, nomeadamente, o custo com fornecimento dos serviços externos em 90%.

A estrutura do balanço mostra que houve uma diminuição do ativo em 54% face a 2020, fixando o valor do ativo em 731 838 mil escudos V em finais do ano de 2021.

O capital próprio tem sido negativo nos últimos anos, colocando a empresa numa situação considerada de falência técnica. Em 2021, fixou-se em 11 240 241 mil escudos.

Vê-se ainda no relatório que o valor do passivo aumentou em 16,9% em relação a 2020, fixando-se em 11 972 079 mil escudos, representando 11,5% do passivo do SEE e 6,7% do PIB. Ainda, 49% são avalizados, o que demonstra que a empresa não tem capacidade de se financiar com um prémio de risco baixo.

Os indicadores de rentabilidade da empresa, ROE e ROA, têm sido negativos ao longos dos anos, devido aos RL negativos, que têm levado os TACV a uma situação de falência técnica.

Ainda segundo o documento, os indicadores de liquidez diminuíram em relação ao ano anterior, demonstrando que a empresa tinha capacidade de honrar com apenas 10% dos seus compromissos.

Já o rácio de endividamento mostrou um elevado nível de endividamento da empresa.

Os TACV receberam avales do Estado, no valor de 1 874 505 mil escudos em 2021, contribuindo para um stock de 5 826 183 mil escudos.

A nível de risco, nos períodos em análise, a empresa manteve a sua avaliação de very high risk, obtida nos últimos anos, fazendo parte das empresas que representam o maior risco fiscal, com probabilidade de uma intervenção futura.  

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