
A FIR Oceânica do Sal controlou 58.345 movimentos de aeronaves em 2019, o maior número de sempre, indica um boletim de tráfego da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA).
De acordo com o documento, os movimentos de sobrevoo na FIR Oceânica do Sal representaram assim um acréscimo de 12,9% de janeiro a dezembro, quando comparado com o mesmo período de 2018, que já tinha sido de um máximo histórico (51.694 movimentos).
“Verificou-se um crescimento de sobrevoos em todos os meses, registando em média um aumento mensal de 554 sobrevoos. No total do período, registou-se um acréscimo de 6.651 sobrevoos, face a 2018”, sublinha-se no boletim anual da ASA.
A FIR (região de informação de voo) corresponde a um espaço aéreo delimitado verticalmente a partir do nível médio do mar, sendo a do Sal – que existe desde 1980 - limitada lateralmente pelas de Dakar (Senegal), Canárias (Espanha) e Santa Maria (Açores, Portugal).
Das principais operadoras a sobrevoar o espaço aéreo de Cabo Verde a companhia portuguesa TAP destacou-se, segundo a ASA, ao chegar a uma quota de 17,7%, correspondente a 10.304 voos, um aumento de 4,5% face a 2018.
Das restantes operadoras que fazem parte do top 15, apenas a Thomsonfly (-2,6%) e a South African Airways (-3,2%), registaram decréscimo nos movimentos de sobrevoos, face ao período homólogo de 2018, acrescenta o boletim.
A localização estratégica da FIR do Sal “coloca-a, pois, na encruzilhada dos maiores fluxos de tráfego aéreo entre Europa e a América do Sul e entre a África Ocidental e a América do Norte e Central e as Caraíbas”, refere a ASA.
Os rendimentos da ASA com o setor da navegação aérea cresceram 19% de 2017 para 2018, para 2.945 milhões de escudos (26,6 milhões de euros), o equivalente a 43% todas as receitas da empresa.
O Centro de Controlo Oceânico do Sal funciona no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, tendo sido inaugurado em 24 de junho de 2004.
Com Lusa
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