Em conferência de imprensa, Luís Teixeira disse que já foi conseguido recuperar dois grupos geradores, estando neste momento quatro operacionais, garantindo a estabilização energética da ilha de Santiago, ainda com “possíveis perturbações”, embora a Praia entre em situação de “não corte”. Por sua vez, o ministro da Energia, Alexandre Monteiro, garante a normalização do abastecimento até novembro.
O PCA da Empresa de Distribuição de Eletricidade de Cabo Verde (EDEC) e da Empresa Pública de Produção de Eletricidade de Cabo Verde (EPEC) avançou em conferência de imprensa que, neste momento, estão já operacionais quatro grupos de geradores, pelo que a capital do país entra em situação de “não corte”, porém, a Central Elétrica do Palmarejo manter-se-á “sem reserva de segurança”.
Com um total de seis grupos geradores, mas apenas com quatro em funcionamento, Luís Teixeira garante que, com a chegada de potência alugada, a ilha passará a ter nível de segurança energética N-2 (dois grupos geradores operacionais parados, como reserva para situações de avaria ou paragem para manutenção).
“Precisamos consolidar este momento do chamado limiar de não-corte. Podemos vir a ter pequenas perturbações, mas queria deixar isto claro: neste momento, já temos quatro motores em funcionamento que nos garantem o chamado limiar de não-corte”, garantiu o PCA das empresas.
Estabilizar e consolidar
“A central do Palmarejo conta com quatro grupos de geradores operacionais garantindo o fornecimento contínuo de energia elétrica à cidade da Praia e à ilha de Santiago, sem necessidade de cortes programados. Contudo, precisamos estabilizar este momento e consolidar”, asseverou Luís Teixeira.
O PCA reconheceu o impacto negativo dos cortes rotativos impostos desde setembro, causados por falhas técnicas e mecânicas em cinco dos seis grupos geradores da Central do Palmarejo, e lamentou, em particular, um incidente recente, uma fuga de combustível provocada por parafusos desapertados, que motivou uma investigação técnica independente com peritos externos, o fabricante e a Polícia Judiciária.
Nas próximas semanas, situação estará consolidada
Para as próximas semanas, Luís Teixeira garantiu que a situação será consolidada com a entrada de novos grupos, nomeadamente, o grupo 3, avariado a 01 de setembro, e que se encontra em processo de reparação.
“Estamos a aguardar a chegada das ferramentas, hoje ou amanhã teremos materiais para a recuperação do grupo 3. Estamos a falar de um trabalho muito especializado”, sublinhou Teixeira.
O PCA lamentou o incómodo e os prejuízos que esta situação causou às famílias, às empresas e à economia de Santiago, pedindo compreensão à população que tem enfrentado este período “muito difícil”.
Até novembro tudo normalizado
Questionado esta manhã no Parlamento, o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, disse, por sua vez, que o fornecimento de energia à capital do país estará normalizado até novembro, no decurso de uma “série de intervenções de manutenção e reforço da capacidade instalada”.
É que, segundo as previsões, a confirmar-se a chegada ao país, em 28 de outubro, da potência alugada, será restabelecida toda a cadeia de abastecimento de energia elétrica.
C/Inforpress
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