O governo anunciou que vai voltar a tentar vender, dentro de uma semana, em concurso público por carta fechada, 20% abaixo do preço do último leilão, o navio “13 de Janeiro”, que chegou a fazer ligações interilhas.
O processo de venda do navio, originalmente de carga, com 45 metros de comprimento e construído em 1993, acontece quase seis anos depois de outro concurso com o mesmo objetivo ter ficado deserto e depois de falhada a tentativa de venda em hasta pública que esteve agendada para 17 de janeiro, então com um preço base de 24,8 milhões de escudos (224 mil euros).
Através de um novo processo de venda lançado pela Direção Geral do Património e Contratação Pública, conforme edital a que a Lusa teve hoje acesso, a tentativa de alienação do navio será feita por concurso público em carta fechada, com o preço base, agora, de 19,840 milhões de escudos (quase 180.000 euros).
A abertura de propostas está agendada para 02 de março, às 09:00 locais (mais uma hora em Lisboa), no edifício do Ministério da Economia Marítima, na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente.
O valor base para este concurso fica também abaixo dos 25 milhões de escudos (225,8 mil euros) do negócio que em 2014 o Estado fez com a sociedade armadora Aliseu, imediatamente depois do concurso público para a sua venda não ter recebido propostas.
Depois de o comprar ao Estado, aquele armador acabaria por colocar o navio ao serviço das ligações interilhas em Cabo Verde em 2014.
Contudo, o navio voltaria, entretanto, para a posse do Estado.
O concurso para esta nova tentativa de alienação define que a adjudicação provisória da venda será feita ao concorrente que apresentar a “melhor oferta aceitável”, ficando obrigado a pagar 25% do valor no ato da arrematação do navio.
Depois da homologação, o vencedor do concurso terá 10 dias, após a homologação do processo de venda pelo Ministério das Finanças, para pagar os restantes 75%.
O “13 de Janeiro” encontra-se nos estaleiros navais da Cabnave, na ilha de São Vicente, porto onde está registado.
Com Lusa
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