O ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, garantiu esta segunda-feira, 18, em São Vicente, que o Governo “não está satisfeito” com o serviço prestado pela concessionária dos transportes marítimos, a Cabo Verde Interilhas (CV Interilhas).
Paulo Veiga, em conferência de imprensa hoje, no Mindelo, confirmou que a negociação para renovar o contrato já começou e que deverão ser feitas “algumas melhorias”, especialmente na parte técnica.
Isto, porque, segundo a mesma fonte, o contrato estava “muito rígido”, sobretudo em relação à renovação da frota e do tipo de embarcação previsto para a concessão.
“Não podemos ter o mesmo tipo de barco para fluxos diferentes e demandas diferentes”, explicou, acrescentando que a renovação deverá observar aspectos como reestruturar a parte técnica, mas também “algumas gralhas” que precisavam ser corrigidas.
“Pensámos que até finais de Fevereiro teremos os acordos todos”, considerou o governante, para quem o contrato de 20 anos tinha cláusulas “muito rígidas”, que não permitiam acompanhar a evolução do mercado, e que agora vão ser alteradas para se ter as embarcações adequadas para cada ilha.
Questionado se está satisfeito com o serviço pela CV Interilhas, Paulo Veiga assegurou que não, mas confirmou que se melhorou desde então.
O Governante apresentou como provas o facto de a empresa estar para apresentar “em breve” uma segunda embarcação à sociedade cabo-verdiana.
Mas, ajuntou, o País precisa melhorar o ecossistema todo de transporte marítimo, incluindo a construção de gares marítimas, que são da responsabilidade do Estado, e que devem ser construídas em seis ilhas neste ano, Boa Vista, Sal, São Nicolau, Maio, Fogo e Santiago.
“Percebo que a crítica vá de encontro à concessionária, mas não depende só deles”, defendeu Paulo Veiga, adiantando a criação ainda de centros de logística para se fazer a gestão e envio de cargas.
“É urgente também a substituição da frota”, completou a mesma fonte, mencionando “surpresa e desagrado” do Governo para com os navios Kriola e Liberdadi, que mostraram, após nove anos, serem uma “opção errada” para as águas de Cabo Verde.
Sendo assim, ajuntou, é urgente substituir estas duas embarcações que foram “investimentos enormes e que o Governo ainda está a pagar”, mas que “estão sempre avariados”.
Quanto ao facto de a CV Interilhas estar neste momento a operar com metade da frota, Paulo Veiga assegurou que o navio Interilhas vai fazer um novo teste de água nesta semana, após a avaria numa das máquinas, e que o Liberdadi deverá estar operacional no final do corrente mês.
Com Inforpress
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