O Governo admitiu esta quarta-feira que a TACV-Cabo Verde Airlines perdeu o certificado de operador aéreo, mas garante que este “problema vai ficar resolvido num curto espaço de tempo”.
“O Governo continua a executar a sua política para que a TACV seja um sucesso”, afirmou a ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, na sequência da declaração política da bancada parlamentar do PAICV, em que esteve em destaque a situação da transportadora área nacional, que viu suspenso o seu Certificado de Operador Aéreo e foi proibido de sobrevoar o espaço aéreo europeu.
Filomena Gonçalves revelou que na decorrência da privatização da TACV, a empresa teve “resultados e bons”.
Entretanto, informou a governante, com a eclosão da covid-19, o cenário “mudou completamente” e, quando o Governo se apercebeu da dificuldade da outra parte em cumprir o contrato, “imediatamente, para salvaguardar o interesse de Cabo Verde, tomou medidas”.
“Neste momento, está em negociação todo o pacote para a resolução deste problema [entre Cabo Verde e a Icelandair, empresa que detinha a TACV]”, indicou a representante do Governo no Parlamento.
Segundo a ministra, a certificação implica “avultadas despesas”, lembrando que se está em presença de uma companhia aérea que está em processo de reinicio da retoma.
“Mesmo em momento de dificuldade o Governo faz gestão da coisa pública com transparência e lisura”, avisou Filomena Gonçalves.
Para o deputado e presidente do PAICV, o certificado que a Cabo Verde Airlines não renovou não teria nenhum custo financeiro se o tivesse feito a tempo.
Quanto aos maus resultados da TACV, depois de privatizada, Rui Semedo disse que esta situação aconteceu antes da eclosão da covid-19 e que a perda de Certificado de Operador Aéreo “não tem a ver nem com a guerra na Ucrânia nem com a pandemia”.
Ainda sobre a não renovação do certificado à transportadora aérea nacional, o deputado da UCID, António Monteiro, acusou a direcção da empresa de não falar a verdade à população, “sonegando informações”.
“A situação é grave e exige que o Governo tome uma posição”, frisou Monteiro, acrescentando que um deputado do MpD, partido que suporta o Governo no Parlamento, confessou que a não certificação ficou a dever-se à “falta da capacidade financeira da companhia”.
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