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Região de Turismo do Algarve quer cabo-verdianos a ocuparem os cerca 5.000 ofertas de emprego disponíveis
Economia

Região de Turismo do Algarve quer cabo-verdianos a ocuparem os cerca 5.000 ofertas de emprego disponíveis

A Região de Turismo do Algarve tem neste momento cerca de 5.000 ofertas de emprego e quer que as mesmas sejam ocupadas por profissionais cabo-verdianos, declarou hoje, na Cidade da Praia, o representante da região, João Fernandes.

É com este propósito que um representante da Região de Turismo do Algarve integra uma missão de Portugal que se encontra em Cabo Verde, organizada pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), no âmbito do projecto de promoção de “Uma boa gestão da migração laboral de Cabo Verde para Portugal”.

O objectivo principal desta missão é fortalecer a comunicação e coordenação entre as instituições públicas e empresas privadas dos dois países, explorando mecanismos que facilitem a mobilidade de trabalhadores entre os dois países no sector do Turismo.

O representante da Região do Turismo de Algarve, João Fernandes, adiantou que com interregno da covid-19 houve uma rápida retoma do turismo no Algarve e agora a região está com a necessidade de reforçar a sua capacidade de respostas em termos de serviços.

“Cabo Verde tem uma grande comunidade na região perfeitamente integrada, que goza uma boa imagem do ponto de vista da sua idoneidade de serem   pessoas que estão disponíveis para o trabalho e que são competentes nas suas funções nomeadamente no sector do turismo”, afirmou.

Neste sentido, adiantou que no âmbito desse programa de mobilidade laboral de Cabo Verde para Portugal, que está a ser facilitado pela Organização Internacional das Migrações (OIM), há abertura para contratar jovens cabo-verdianos para integrar o mercado de trabalho em Portugal e de forma particular no Algarve.

“Nós temos cerca de 5.000 ofertas de emprego com necessidade de serem preenchidas que podem ser por Cabo verde-diano e por outras nacionalidades, privilegiamos Cabo Verde também pela relação que já existe”, disse, em referência à parceria entre a escola de Hotelaria de Turismo de Cabo Verde e da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, que inclusive participou na abertura da escola cabo-verdiana há dez anos.

Por outro lado, adiantou que no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi desenhado um programa que visa facilitar esta mobilidade de países de língua portuguesa.

A comitiva, que hoje manteve um primeiro encontro com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), já realizou um primeiro encontro com o embaixador de Portugal em Cabo Verde para uma análise da questão do acesso ao visto, que tem sido “um grande impedimento”.

O objectivo, conforme adiantou, é fazer com que esse fluxo migratório, que já acontece, seja feito de forma regulada, garantindo aos profissionais todos os seus direitos.

“Aquilo que queremos é reforçar no fundo aproveitando essa taxa de desemprego jovem aqui e necessidade de trabalho lá. Estamos exactamente a trabalhar em conjunto para aumentar essa oportunidade”, justificou.

No Algarve, adiantou que todas as áreas de turismo estão com necessidades desde rent-a-car ao aeroporto, aos hotéis  à restauração e  campos de golfe.

“Felizmente aqui o próprio IEFP tem a sua oferta de formação de hotelaria, restauração e turismo, temos escola de Hotelaria e Turismo e sabemos que Cabo Verde apostou fortemente na formação. Portugal conhece bem essa   aposta e reconhece que os cabo-verdianos são claramente recursos humanos qualificados que dão prova de si já no nosso território”, finalizou.

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