A consultora internacional Ernst & Young vai assessorar o governo, nos próximos sete meses, no processo para a privatização da Emprofac, a fechar em Julho do próxino ano. O concurso será aberto em Junho de 2020, mas já existem, ainda que informalmente, interessados: uma empresa portuguesa e outra cabo-verdiana.
O processo de privatização da empresa pública de distribuição de medicamentos, Emprofac, já arrancou. O Governo acaba de contratar a prestigiada consultura internacional, Ernst & Young, para preparar todo o processo que deve ficar concluído em Julho de 2020 com o anúncio do vencedor do concurso internacional.
Segundo fontes de Santiago Magazine, a Ernst & Young venceu o concurso de consultoria e tem agora um prazo de sete meses para avaliar a empresa de distribuição de medicamentos e orientar o governo sobre qual a melhor estratégia a adoptar para privatizar a Emprofac. Na verdade, e conforme atestam as nossas fontes, a Ernst & Young tem duas missões bem distintas: primeiro, efectuar a avaliação da empresa e como irão ficar os 40% que a Emprofac detém no capital social da Inpharma, a produtora de medicamentos; e depois orientar o Governo sobre qual a melhor opção para a privatização, se um concurso público ou restrito.
Todo esse trabalho de preparação terá de ser feito em sete meses (Outubro deste ano a Maio de 2020), para que em Julho seja conhecido o vencedor do concurso de privatização da Emprofac, que deve ser lançado um mês antes.
Entretanto, e ainda a meses do lançamento das candidaturas, já se conhecem interessados. Um deles é o grupo português Mercafar, que já trabalha com a Emprofac (é o seu segundo maior fornecedor com 12,97% do total de transacções) , e que manifestou o seu interesse em entrar no capital da empresa de comercializaçáo de medicamentos através de uma entrevista do seu PCA ao boletim Saúde & Comunicação, da Emprofac.
Também está de olhos nesse processo a Sodifarma, sociedade liderada pela Farmácia Santa Isabel (Achada Santo António), pertencente à família Maurício dos Santos, antigo secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações, tutelado pelo Ministério das Infra-estruturas, na década de 1990. Aliás, fontes deste diário digital atestam que essa sociedade (era para ter todas as farmácias como accionistas, mas muitas negaram investir 3 mil contos, pelo que a farmácia pertencente à família dos Santos ficou com a fatia mairitária) estará na pole position para vencer o concurso de compra das acções da Emprofac.
E logo que o Governo anunciar oficialmente a abertura do concurso para a privatização da Emprofac outros interessados deverão aparecer, sobretudo de Portugal, principal mercado fornecedor de Cabo Verde. Acresce-se a isso o crescimento vertiginoso da empresa nos últimos tempos. A comercializadora e distribuidora de medicamentos fechou 2018 com um lucro de 200 mil contos (2 milhões de euros), com subida de 13,6% nas vendas, segundo o seu relatório e contas.
Poderá ser também um factor aliciante a diversificação dos países fornecedores, isto é, hoje a Emprofac procura relações comerciais com empresas do Senegal e Marrocos, a fim de evitar a excvlusividade do mercado português.
(Actualizado às 11:01, 10/10/2019)
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