Cabo Verde tem produção para chegar a 50% de energias renováveis em 2030 – PM
Economia

Cabo Verde tem produção para chegar a 50% de energias renováveis em 2030 – PM

Cabo Verde tem uma produção contratada de energias renováveis até final do ano que colocam ao alcance do arquipélago a meta de produzir metade da eletricidade sem combustíveis fósseis até 2030, disse esta quarta-feira, 18, o primeiro-ministro.

“A capacidade total de produção contratada, em 2024 e 2025, é de 53,3 megawatts, o que coloca o país a atingir 35% de penetração renovável em 2026, antecipando a meta que tínhamos previsto”, que era de 30% no próximo ano, referiu Ulisses Correia e Silva, na abertura do quarto fórum de investimentos do país, na ilha do Sal.

Os números estão “em linha com a meta de se atingir 50%, ou mais, em 2030”, acrescentou.

A transição energética permitirá baixar o custo da eletricidade e aliviar a dependência de importação de combustíveis.

O setor é um dos que é apresentado como uma oportunidade no fórum que hoje arrancou, na expetativa de atrair investidores, a par da economia azul e do setor digital.

Apesar do “contexto geopolítico conturbado”, o líder do Governo disse não haver “razões à vista” para “descontinuar a previsão de crescimento económico de Cabo Verde”. 

“A economia continuará a crescer em ambiente de estabilidade macroeconómica”, acrescentou, recordando a mais recente previsão, feita na última semana pelo Banco Mundial, que aponta para um crescimento da economia de 5,9% em 2025 (depois de 7,3% em 2024).

As sessões plenárias que hoje arrancaram têm como objetivo primário facilitar o diálogo e a colaboração entre empresários, autoridades locais e instituições financeiras europeias de desenvolvimento, entre outros parceiros-chave.

O terceiro dia do fórum, sexta-feira, será inteiramente dedicado à promoção dos investimentos previstos no âmbito da estratégia Global Gateway da União Europeia (UE), que prevê investimentos da ordem de 300 milhões de euros, nos próximos anos, em Cabo Verde.

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Comentários

  • Jorge Lopes, 20 de Jun de 2025

    Há mais de uma década que vejo milhões a entrar para energias renováveis em Cabo Verde. Só nos últimos anos foram mais de 170 milhões de euros. Mas no meu bolso, nunca chegou nada. A conta da luz continua absurda. Então, quem é que está mesmo a beneficiar com essa “transição energética”? Porque para mim, parece que só muda o nome — o aperto continua.

    • Jorge Lopes, 20 de Jun de 2025

      As empresas do sector — Cabeólica, Electra e outras — são quem mais lucra. Têm contratos garantidos, isenções, subsídios, nenhum risco. Eu, cidadão, fico com a factura. E todos os anos, levo com aumentos da ARME. Diziam que os renováveis iam baixar os preços. Só se for o preço da consciência de quem anda a alimentar este esquema. Mais de 25% da energia que se produz nem chega a ser usada.
    • Jorge Lopes, 20 de Jun de 2025

      Perde-se na rede ou em esquemas. E mesmo assim, pagamos essa energia como se nos tivesse chegado. Está tudo incluído na tarifa. No fim, quem suporta as perdas do sistema é quem menos pode. Eu pago a má gestão de outros — e ainda querem que acredite que isto é “eficiência”. Disseram que a percentagem de energia limpa ia subir. Mas o que vejo é o contrário: caiu de 19,9% para 16,8% num só ano. E isto com milhões de euros a entrar.
    • Jorge Lopes, 20 de Jun de 2025

      Só quem está a crescer é o marketing. Painéis solares nas conferências, e geradores a gasóleo na rua. É isso que chamam transição? Todos os anos repetem a mesma ladainha: “Vamos atingir 50% de renováveis até 2030”. Está bem. E eu continuo a pagar a factura cheia, agora mesmo, em 2025. Onde está o impacto no preço? Onde está o retorno? Para mim, prometer é fácil. O difícil é viver todos os meses com esta conta da luz ao pescoço.
    • Jorge Lopes, 20 de Jun de 2025

      A energia renovável devia servir o povo. Mas está a ser capturada por empresas privadas e negociantes de projetos. Eu, que sou contribuinte e utente, fico só com o fardo. Financiamos lucros alheios, com sofrimento nosso. Chamam-lhe "transição justa"? Para mim parece mais um jogo viciado.
    • Jorge Lopes, 20 de Jun de 2025

      Chega de esquemas fradulentos. Eu quero ver a diferença no bolso e não no bolso dos bandidos no poder. Se há milhões em renováveis, que se sinta na tarifa. Se dizem que estamos a avançar, então que isso se veja na factura. Tudo o resto é engodo. Enquanto isso não mudar, continuarei a dizer: isto não é uma transição energética — é só mais uma burla financeira bem vestida e cheira a branqueamento de capitais ...

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