Portugal: Imigrantes ajudam no combate a fogos e extrema-direita diz que é mentira
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Portugal: Imigrantes ajudam no combate a fogos e extrema-direita diz que é mentira

Há imigrantes a combater os fogos florestais em Portugal. Mas a notícia gerou uma onda de contestações nas redes sociais, promovidas pela extrema-direita, que lançou a fake news de que as fotos publicadas na imprensa foram geradas através da Inteligência Artificial. Num “fact-check”, a Agência Lusa desmonta a falácia extremista.

As fotos de imigrantes a combater os incêndios “são reais e não foram criadas por Inteligência Artificial (IA), contrariamente ao que foi alegado em várias publicações nas redes sociais”, à exceção das imagens publicadas jornal do Bangladesh Dhaka Post, que editou versões de imagens reais melhoradas através de uma ferramenta de IA, onde anunciava que cidadão daquele país estavam a ajudar no combate aos incêndios.

Os ataques à veracidade das fotos ocorreram nos últimos dias, com as redes sociais a serem inundadas com denúncias de alegada encenação de algumas imagens, bem como da utilização de fotos falsas ou geradas por IA, apontando o dedo a vários órgãos de comunicação social portugueses, incluindo a própria Lusa, mas também aos jornais Notícias ao Minuto e Expresso. 

No entanto, a verdade geralmente vem sempre ao de cima e o fact-check promovido pela Agência Lusa vem comprovar que “as fotos de imigrantes a combater fogos em Portugal são reais (e não foram criadas por IA)”.

Por sua vez, o presidente da Caude (Associação Florestal da Beira Alta), Vasco Campos, garante a autenticidade das imagens publicadas. “As fotos são verdadeiras, foram tiradas pelos nossos engenheiros e sapadores, e partilhadas num grupo interno de WhatsApp que temos na associação”.

Campos diz lamentar a polémica, assegurando não haver nada de falso no trabalho que a Caule vem promovendo desde há 25 anos. “Sempre tivemos trabalhadores estrangeiros. Neste momento, são 20 dos 30 que integram as nossas equipas. São pessoas do Bangladesh, Paquistão, Índia, Angola e Marrocos, todos integrados e alguns já com famílias a trabalhar e a viver também em Portugal”, salienta o presidente da associação.

C/ Expresso e Agência Lusa

Legenda da foto
Sapadores florestais da Associação Florestal Caule, em Alvoco das Várzeas, no concelho de Oliveira do Hospital, numa pausa para almoço

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Redação