ASA impede CVA de levantar voo
Economia

ASA impede CVA de levantar voo

O voo inaugural que deveria marcar a retoma das operações internacionais da CVA esta sexta-feira, 18, foi impedido de acontecer pela ASA porque a companhia não pagou antecipadamente a taxa de 180 contos referente à segurança dos passageiros. O pagamento já foi feito, mas, com várias horas de paragem na pista, a CVA está a trocar de tripulação a ver se ainda hoje fará esse regresso às ligações internacionais na linha Sal-Lisboa.

Não aconteceu ainda o tão aguardado voo da CVA. A retoma, agendada há semanas para acontecer esta sexta-feira, 18, estava marcada para as 9h15, mas no momento em que o avião, com quatro passageiros comerciais a bordo (havia passageiros convidados), se preparava para descolar foi impedido pela ASA.

A empresa de aeroportos e segurança aérea, que perdoou à transportadora de bandeira nacional uma dívida de 400 mil contos (a TACV/CVA nunca pagou à ASA), exigia que a CVA, para poder retomar os voos, pagasse antecipadamente apenas 180 contos referentes à taxa de segurança dos passageiros. Ou seja, os custos com estacionamento na pista e operação no espaço aéreo nacional poderiam ser pagos depois.

Só que, segundo fontes de Santiago Magazine, a CVA não pagou a tempo os tais 180 contos impostos pela ASA, tendo alegado esta manhã que não o fez porque a responsável da Tesouraria da ASA não tinha chegado ao trabalho. Versão que não convenceu ao próprio presidente da ASA, Jorge Benchimol Duarte, que foi quem ordenou que fosse impedida a descolagem do aparelho.

Ora, só duas horas depois do horário previsto para o arranque aguardado do voo, ou seja, depois das 11h00, é que a situação ficou resolvida. Ou quase. Sim, porque depois de pagar à ASA, a operadora enfrentou um novo problema: a tripulação, que já estava impedida de assegurar essa ligação Sal-Lisboa e regressar a seguir.

Segundo o regulamento para esse voo, a tripulação não podia efetuar mais de seis horas de voo entre ir a Lisboa e regressar ao Sal logo depois. Acontece que os pilotos e assistentes de bordo indicados para esse voo de retoma estiveram mais de três horas a aguardar o desfecho do litígio entre a sua companhia e a ASA, pelo que a janela de tempo de seis horas que regulamento lhes impunha era impossível de cumprir. No fim, acabaram saindo do aparelho juntamente com os passageiros que estão a deambular dentro do aeroporto sem saber o que se passa.

A solução foi arranjar uma nova tripulação. À hora em que esta peça estava a ser editada a companhia já teria garantido os pilotos e assistentes para dar seguimento ao plano e tentar efetuar esse voo entre Sal e Lisboa ainda esta sexta-feira. O problema é que há licenças a atribuir, e negociações com Portugal devido aos rearranjos a fazer na hora de uma chegada que não estava prevista.

 

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