O Museu da Resistência no concelho do Tarrafal, norte da ilha de Santiago, recebeu em 2019 cerca de 13 mil visitantes, enquanto os Museus de Arqueologia e da Tabanca tiveram menos visitantes, comparando com o ano anterior.
A informação foi avançada à Inforpress pelo presidente do Instituto do Património Cultural, Jair Fernandes, que tutela a gestão de sete museus a nível nacional, designadamente o Museu do Mar (São Vicente), Museu do Sal (ilha do Sal), Museu Etnográfico da Praia (Santiago), Museu de Arqueologia (Santiago), o Museu da Resistência (Santiago), o Museu da Tabanca (Santa Catarina) e o Núcleo Museológico Cesária Évora.
Apesar de ainda estarem a apurar os dados de 2019, Jair Fernandes vai avançando que o Museu da Resistência teve um “aumento exponencial” de visitantes, ou seja, se em 2018 receberam cerca de nove mil visitantes, no ano de 2019 este número subiu para 13 mil visitantes.
Esse aumento, afirmou, demonstra que há um “interesse, há um investimento, há uma política muito clara”, relativamente à valorização desses equipamentos nos territórios, o que, a seu ver, abre possibilidade para novos investimentos e novas perspectivas para este ano.
Informou que, brevemente, vão dar a conhecer os demais dados e vai ser possível justificar o porquê que o Museu de Arqueológica da Praia e o Museu da Tabanca em Santa Catarina receberam menos visitantes do que no ano passado.
O IPC, conforme avançou, vem trabalhando nesta questão de atrair novos públicos, sobretudo as escolas e as comunidades, e desta forma está em curso a elaboração do Perfil dos Visitantes dos Museus, que será apresentado ainda este ano.
“Isso irá permitir para o sector, para além do Plano Estratégico, ver e calendarizar os investimentos para os museus a nível nacional, mas, sobretudo, ver como é que estamos em relação à assunção da comunidade, relativamente a esses equipamentos, o que para nós é muito mais importante”, considerou.
Para Jair Fernandes, hoje há uma aproximação cada vez “mais visível” entre o sector da cultura e do turismo e os museus posicionam-se, tendencialmente, como o “grande atractivo” no país.
É nesta senda que, avançou, estão a montar o Núcleo Museológico Subaquática da ilha da Boa Vista, não só pelo facto de a ilha contribuir com “grande” parte do acervo que se encontra no Museu Arqueológico da Praia, mas, sobretudo, para também dotar a ilha de um equipamento cultural e turístico e que sirva também como atractivo do território.
Informou ainda que este ano vão dar continuidade à elaboração do Plano Estratégico dos Museus, em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa, que vai reformular o conceito dos Museus de Cabo Verde.
Com Inforpress
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