Santa Maria é o primeiro festival a pagar direitos autorais à Sociedade Cabo-verdiana de Música
Cultura

Santa Maria é o primeiro festival a pagar direitos autorais à Sociedade Cabo-verdiana de Música

A Câmara Municipal do Sal e a Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) assinaram esta quinta-feira, 21, um contrato de licenciamento para a execução do reportório musical durante o Festival da Praia de Santa Maria, espelhado num cheque de mais de trezentos mil escudos.

O Festival da Praia de Santa Maria é o primeiro exemplo de pagamento de direitos autorais à Sociedade Cabo-verdiana de Música, cujo gesto de reconhecimento de direitos autorais e músicos cabo-verdianos espera-se ser seguido, visando uma sociedade “mais justa e equilibrada” e para a profissionalização da área criativa, já que “sem autor não há cultura”.

O cheque, no valor de 308 mil 460 escudos entregue esta quinta-feira à presidente da Sociedade Cabo Verdiana de Música, Solange Cesarovna, será distribuído pelos autores das músicas interpretadas, quer nacionais ou internacionais, durante o certame musical, que assinala a festa de Nossa Senhora das Dores, Dia do Município do Sal, celebrado a 15 de Setembro.

Para Solange Cesarovna, trata-se de um dia histórico, de celebração, já que a iniciativa é pioneira no âmbito dos festivais municipais em Cabo Verde.

“O festival da Praia de Santa Maria, edição 2019, passa a fazer história como o primeiro festival municipal a pagar os direitos de autor”, disse Solange Cesarovna, parabenizando a autarquia local, já que este gesto, conforme acentuou, dignifica e estimula o criador a fazer muito mais em prol da cultura cabo-verdiana.

Já para o edil salense Júlio Lopes, este sinal é o reconhecimento que todos os artistas devem ser remunerados pelo seu trabalho, pela sua criação e criatividade.

“A componente remuneração é muito importante. O festival de Santa Maria é um festival com consciência ambiental e ao mesmo tempo com consciência autoral. Isto porque, a Câmara Municipal do Sal quer ser amiga dos autores, artistas, e de todos os criadores”, frisou.

“Não sou homem para chavões, só teoria… turismo e cultura têm que estar de mãos dadas. E temos que ter acções práticas como estas para mostrar que valorizamos a nossa cultura, a nossa música”, sublinhou, concluindo.

Com Inforpress

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