Um dos mais antigos grupos Rock cabo-verdianos no ativo, os Primitive estão prestes a lançar o seu primeiro álbum oficial. O lançamento deverá ocorrer nesta sexta edição do Grito Rock que arrancou esta terça-feira com a peça musical inserida no «Grito Rock Mulher», conjuntamente com o lançamento do novo videoclipe da banda.
A novidade foi avançada ao Santiago Magazine por um dos fundadores e membros dos Primitive, o baixista César Freitas, ele que conjuntamente com outros elementos do grupo compõem a Artikul CJ produções que protagoniza e promove este festival pioneiro, agora na sua sexta edição.
O referido lançamento ocorre este sábado, 31 de março, com a divulgação do videoclipe no telão do palco do festival, sito na Pracinha da Escola Grande no Platô. Trata-se do primeiro álbum oficial dos Primitive que são uma das mais antigas e conhecidas bandas de rock cabo-verdianas, com pelo menos 15 anos de estrada a desbravar caminhos num universo nacional onde o Rock, sobretudo o Hard Rock e o Heavy Metal, não têm a mesma popularidade e aceitação do resto do mundo. A produção executiva é também dos Primitive com a Artikul CJ.
“Não tem sido fácil, mas com muita insistência, persistência e paixão pelo que fazemos estamos agora a lançar o nosso primeiro álbum para carimbar esse percurso que passa por várias participações em festivais nacionais e internacionais e vários singles e videoclipes lançados”, reflete César Freitas. Mais do que uma simples banda, os Primitive estão, também por detrás do Festival Grito Rock, na sua sexta edição este ano, através da sua produtora, a Artikul CJ, na e cujo objetivo é precisamente educar e construir uma base de fãs e apreciadores do Rock.
Grito Rock exalta diversidade dentro do Rock
É a pensar nisso que, ao contrário de outros anos em que o Hard Rock e Heavy Metal foram os carros chefes do festival, os promotores desta iniciativa pioneira em Cabo Verde optaram por um cartaz mais diversificado a pensar no público fiel, mas, sobretudo, naqueles que não têm o rock como referencia.
Um programa vasto, em homenagem ao músico Osvaldo Lima, Nené, e que inclui o festival internacional assim como as segundas edições dos «Grito Rock Mulher» e «Mini Grito Rock» para os mais pequenos, assim como workshops com o intuito de transmitir conhecimentos e técnicas para os músicos nacionais, mas também para educar os ouvintes da música sobre o Rock.
César sublinha a riqueza do elenco deste ano e que engloba a banda portuguesa «Sebenta» assim como os «Barry White Gone Wrong», uma parceria entre um músico belga e uma portuguesa, os espanhóis «Ajeeb» e «Charlie And the Damn Good Band» e «Afro Poncho» do Equador. Uma opção consciente por um Rock mais “ligeiro” e “alternativo” e será, com certeza, “diferente” e “mais tranquilo” em relação a edições anteriores, sublinha Freitas.
“A ideia é englobar todas as faixas etárias no festival e mostrar a diversidade do Rock, daí que optamos também pela parte educativa com os workshops, etc., para mostrarmos que há uma escola por detrás do Rock”, avança o nosso entrevistado que acredita que tais workshops conduzidos por músicos internacionais experientes serão muito importantes para “transmitir algumas técnicas, inclusive, audiovisuais e de como promovermos as nossas bandas e nossos trabalhos através das redes sociais”.
Conscientemente, os «Primitive» optaram por ausentar-se do elenco do festival este ano “para dar espaço a outras bandas nacionais” e limitar a sua presença pelo lançamento do videoclipe promocional do seu primeiro álbum, prestes a chegar aos mercados.
Sobre o homenageado: Osvaldo Lima, Nené, é um dos elementos do histórico «Bulimundu», um exímio multi-instrumentista que se sobressai no saxofone, assim como na guitarra e também bateria, foi um dos precursores do Rock e do Jazz em Cabo Verde, tendo chegado a fazer parte do Quarteto de Jazz de Vasco Martins, como saxofonista.
Consulte o cartaz na foto para mais informações sobre grupos, horas e locais, e saiba mais sobre o evento e o homenageado na página oficial do Festival Grito Rock:
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