Humilde homem amante do mar
remando sobre as águas cantando
numa nota suave que não o deixa naufragar
sobre as ondas inocentes, o bote bailando.
Nas noites escuras anda atrás das iscas
preparando engodos para a sua pesca
sobre o mar azul d’uma brisa fresca
que faz da sua alma o tesouro do mar.
Pescador conhecedor da maré
marcando passos à sombra do boné
fazendo arranjo dos seus anzóis
que o fazem trazer os peixes para o cais.
Homem que faz do mar a sua glória
pescando peixes que correm com a miséria,
pedindo bênção de fartura a Santa-Marta
deixando os meninos com barriga farta.
Nas noites serenas e na clareza da lua-cheia
sai em busca de caranguejos que lhe servem de isca
para que nas manhãs de boa maré pesque moreia
que serve de bafio nas paródias de casa Dulcineia.
Rei do mar, homem de boa-fé
que aguenta o dia com um só gole de café
agindo na tranquilidade do oceano
numa dança nobre ao som do piano.
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