Vai ter lugar no dia 16 de dezembro, pelas 18 horas, o lançamento do livro “Deflagrações” da autoria de José Luís Hopffer C. Almada, no auditório da UCCLA.
O evento conta com a moderação de Adolfo Rodrigues Maria, e as intervenções estão a cargo de Abílio Bragança Neto, professora Simone Caputo Gomes e o professor Inácio Pereira.
A sessão integrará um recital com leitura de poemas da obra em apresentação.
O livro Deflagrações, de José Luís Hopffer C. Almada comporta duas partes distintas, se bem que comungando ambas de intuitos detonadores do status quo vigente, sendo uma parte poética que, abrindo, como, aliás, em todos os livros de poesia do autor, com o poema “Autobiografia Ortónima”, atribuído ao ortónimo José Luís Hopffer C. Almada, e agora na sua “Sétima Variação” é atribuída aos nomes literários Erasmo Cabral de Almada e Nzé de Sant´y Ago.
Essa primeira parte comporta, por sua vez, três “livros”: “Sombras Insepultas” e atribuído a Nzé de Sant´y Ago; “Os Nós da Solidão e outros irrepreensíveis poemas e outros antigos textos colhidos e por vezes refundidos à Sombra do Sol acrescidos de novos prosopoemas” atribuídos a Erasmo Cabral de Almada; e integrando unicamente o longo poema narrativo “Australidades”, de 158 páginas, também atribuído a Erasmo Cabral de Almada, e ele próprio dividido em vários capítulos incluídos em duas partes principais.
A segunda parte é a ensaística que pretende desconstruir tudo o que sendo escrito sobre a pertinência ou a impertinência de uma poesia cabo-verdiana de afro-crioulituide ou de negritude crioula. Para tanto, disseca e analisa várias teorias identitárias sobre o caso caboverdiano, por muito tempo tido como o paradigma do sucesso da ideologia lusotropical, inventada por Gilberto Freyre e recuperada para os fins imperiais pelo colonial-fascismo português.
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