Vamos à luta (Primeira parte)
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Vamos à luta (Primeira parte)

Escutar os trabalhos da Assembleia Nacional Cabo-Verdiana, é uma forma vivida de conhecer o nível dos eleitos através das listas partidárias. Ainda vamos a tempo de fazer com que os eleitos vos respeitem e façam a revisão constitucional necessária. Com destaque para os dois partidos do arco da governação que juntos, e querendo, conseguirão fazer a diferença, ao bem da Nação e as populações espalhadas pelos recantos das 9 ilhas habitadas.

Se os eleitores nacionais quiserem fazer a diferença, tanto a nível da Justiça, como a outros níveis nevrálgicos da governação de Cabo Verde, terão que entender que o sistema está montado de forma que só e apenas os votos nas autárquicas e nas Legislativas e Presidenciais não serão suficientes para travar a corrupção político-partidário nacional. Para que todos sintam a diferença almejada, teremos que procurar outras formas de luta popular. Só votar já não é solução. O povo tem que sair às ruas, sem medo das autoridades e fazer a sua própria justiça social.

Só com uma total revolução popular, o povo será capaz de assegurar as reformas constitucionais em debate nas esquinas e entre as paredes privadas. Para que esse investimento popular seja sustentável a ponto de garantir as mesmas oportunidades para todos, será necessário, urgentemente, resolvermos os pendentes com o grupo que já apoderou do país e não pretende abrir as mãos desse abuso político-partidário.

Os problemas pontuais, como a evacuação dos doentes (dia e noite), a melhoria dos transportes marítimos e aéreos inter-ilhas, água para produção alimentar, urbanismo e saneamento precisam ser debatidos com maior frequência, em palcos públicos, de forma a galvanizar as bases que precisam-se desinibir e sair à luta. Como já está mais que patente, existem dezenas de possíveis soluções socioeconómicas nacionais que não podem continuar a ser adiados pelo grupo de políticos colocados nos poleiros institucionais para proteger o sistema por eles criado.

Todos juntos, somos obrigados a ter criatividade e encontrar soluções para as crises sociais existentes no país. Os políticos não estão interessados em solucionar os problemas de Cabo Verde. Só estão interessados no seu bem-estar pessoal, familiar e partidário. Acordemos compatriotas! Já chega de esperar por esses que assaltaram as instituições nacionais, como invasores autoritários.

Todos juntos, precisamos sentir o sabor e o prazer de um sólido desenvolvimento nacional. Não apenas para algumas ilhas e seus promotores interesseiros.

A prioridade de todos nós deve passar pela capacidade populacional de trabalhar para que juntos alcancemos o patamar dos países onde os investimentos são abrangentes a toda a esfera da sociedade Cabo Verdiana.

Só com a união populacional, a sociedade cabo-verdiana será capaz de se livrar das amarras desses impostores vestidos de mensageiros de Cristo.

O povo precisa acordar e reparar que esses impostores não são e nunca serão a proclamada âncora da alma cabo-verdiana.

Só um povo consciente e unido será capaz de retirar as vendas a essa insensatez governamental nacional.

Há que ter em conta que, na maioria das vezes, o que imaginamos não é a realidade e que existem manobras obscuras que só são reveladas com o fim da caminhada. Um fim que na maioria das vezes é precisamente o indesejável para qualquer um de nós.

Pois, como bem conhecemos, muitos dos que sobem ao poder, acabam por surpreender familiares e amigos, sem referirmos à maioria desconhecida.

Meus caros seguidores, não podemos jamais ignorar e aceitar as mesmas casmurrices e ou arrogâncias do grupo eleito para proteger o bem-estar da nação e do seu povo constituinte.

Temos que ser mais exigentes e esperar resultados diferentes desses que já nos comprovaram ser incompetentes e insensíveis.

Com diz o velho ditado: a certo ponto da batalha somos obrigados a bombardear os inimigos e abrir caminho para a vitória social.

Se nada fizermos agora, eles continuarão abusando, indevidamente, do poder político e destruirão as nossas vidas e as vidas dos nossos filhos, netos e bisnetos.

Se isso continuará só nos restará o resto das aparas!

A Voz do Povo Sofredor

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