Vacinação massiva da população à integração sub-regional
Colunista

Vacinação massiva da população à integração sub-regional

Os 15 paises da África de Oeste afirmam-se pela sua diversidade cultural, linguístico, cultural e ecológico. Do ponto de vista politico quase todos esses 15 países, conheceram alternância democrática, mesmo se a estabilidade continua a ser o desafio a atingir Do ponto das suas economias há diferenças substanciais, mas há países da sub-região que são citadas como exemplo de desenvolvimento como Gana lugar 120º no “doing business” segundo o Banco Mundial em 2018, a Costa de Marfim ocupava o nível 139º e mais restantes países mais pobres em PIB (Produto Interno Bruto) por habitante, como Libéria, Niger, Mali, Togo, Guiné Conacry, Burkina Faso... No plano da integração regional verificou-se progressos e harmonização de políticas económicas com a livre circulação de bens e pessoas…

Vale, uma vez mais, refletirmos sobre impactos e mesmo ações por “se-realizar” neste também ano atípico de 2021 em Cabo Verde, o caminho em si ficou mais claro depois do resultado das legislativas que confirmaram a “continuidade” do rumo e orientação politico confirmado e expresso nas urnas, no passado domingo 18 de Abril, pela vontade popular. A imagem geral deste novo tempo de incertezas a todos os níveis, retrata a complexidade da nossa comunidade “universal” da cabo-verdianidade destas ilhas crioulas atlânticas dependentes do acontecer e feitos científicos externos para debelar esta crise pandémica do novo coronavírus. Vivemos actualmente, uma situação e convicção sócio sanitário que se degrada dia após dia deixando-nos convencidos da necessidade de instalação urgente de uma maior e melhor “tradução cultural popular”, dos procedimentos e recomendações a serem religiosamente cumpridos por todos, para se poder obstruir a contaminação quase desenfreada do Covid19 nestas ilhas pois a ignorância aumenta a desconfiança mútua e impede o progresso necessário que se pretende de alcançar e atingir duas metas: travar esta onda da contaminação e vacinar o maior número possível de cidadãos adultos alcançando a chamada “imunidade social” ( 70% a 80% da população com o anticorpo covid19), nas nove ilhas habitadas, ou o “escudo” para travar a doença, salvar vidas e  optimizar condições ideais para a “retoma” económica e turística.

Atenção, este desiderato “sanitário & económico” prioritário não pode desviar-nos de outros riscos e fraquezas potenciais, como a degradação ambiental, insustentabilidade energética, a estiagem, desigualdade social, problemas da eficácia da máquina administrativa (central e local), capacidade de enquadramento das organizações técnicas, disponibilizar recursos humanos qualificados, trabalhar a desburocratização, garantir referências legislativos precisos e fiáveis, oferecer estabilidade, segurança, confiança e liderança política coerente…enfim, garantir pré condições para o “doing business” e de atracão do investimento directo externo (IDE)

Como pode-se verificar em todas as ilhas, covid19 criou-nos tendências mais aceleradas para o aumento das desigualdades com o consequente empobrecimento das partes sociais mais desfavorecidas e a nova “normalidade” caracterizou-nos mais como e para a situação de “sociedade de riscos”, a vida online transformou-se como um modo de vida convencional e de consequências tempos antes inesperadas... e o turismo mesmo ainda ausente, continuará a ser a parte fundamental da vida economica cabo-verdiana que associada á digitalização abrirá caminho para a  recuperação socioeconómica e provavelmente para um desenvolvimento e crescimento, á nossa medida como país arquipelágico de parcos recursos...

No mundo que nos rodeia e na nossa sub-região económica oeste africana os primeiros indícios são que as cadeias de valores não estão sendo significativamente alteradas, após o choque dos efeitos desastrosos da pandemia covid19, os discursos populistas continuam a moldar agendas e a polarizar as sociedades, em parte influenciando o grande realinhamento 2021-2022 onde a geopolítica das vacinas é instituída como a primeira ferramenta de ordem nas relações internacionais…( ver a minha cronica anterior “Covid-19: Geopolítica das vacinas, ano 2021 & Progresso em base sub-regional ou inter-regional “)

A estratégia da vacinação massiva da população significará, para Cabo Verde, a compra, gestão e administração das vacinas, disponíveis e isso, em competição com os próprios países produtores, eles também precisam delas… A operação será de trabalho e logística difíceis mas não impossível e o cenário global deverá ser tratado com habilidade; a India proíbe a exportação tanto como a Europa e os USA sob o pretexto que os laboratórios falham no cumprimento dos prazos de entrega desses valiosos medicamentos, atrasando seus calendários de vacinação programados para as suas populações. No contexto mundial actual as vacinas deviam ter valores intrínsecos como “bem para salvar a humanidade” e não simples mercadoria e “bem comercial”, esta terrível pandemia atinge a todos indiscriminadamente, países ricos e países pobres, a necessidade da utilização das vacinas anti covi19, é vital para a sobrevivência da humanidade isso torna-as, “um bem publico universal” que deveria ser gerida exclusivamente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e não de maneira comercial e objecto de enriquecimento para as grandes industrias farmacêuticas, do mundo ocidental…enquanto observa-se milhares de pessoas que continuam a morrer diariamente neste planeta, vítimas da pandemia do novo coronavírus!

O futuro está aberto e temos de cuidar de nós próprios e temos duas agendas a cumprir: Diversificar esta pequena economia e proceder á integração “defacto” sub-regional ou inter-regional, na comunidade económica da CEDEAO, com agendas temáticas compartilhadas e precisas.

A CEDEAO é a segunda região económica da Africa e representa 24% do PIB do continente a atividade da comunidade é polarizada á volta da Nigéria que é a maior economia da região, (77% do PIB) e em termos de volume da população tem um total de 52% da sub-região. Os 15 paises da África de Oeste afirmam-se pela sua diversidade cultural, linguístico, cultural e ecológico. Do ponto de vista politico quase todos esses 15 países, conheceram alternância democrática, mesmo se a estabilidade continua a ser o desafio a atingir Do ponto das suas economias há diferenças substanciais, mas há países da sub-região que são citadas como exemplo de desenvolvimento como Gana lugar 120º no “doing business” segundo o Banco Mundial em 2018, a Costa de Marfim ocupava o nível 139º e mais restantes países mais pobres em PIB (Produto Interno Bruto) por habitante, como Libéria, Niger, Mali, Togo, Guiné Conacry, Burkina Faso... No plano da integração regional verificou-se progressos e harmonização de políticas económicas com a livre circulação de bens e pessoas…

miljvdav@gmail.com

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