Considero o confinamento global de março de 2020, mais as “situações” de “crise e calamidade” que continuamos ainda a viver até esta data de Agosto de 2021, como um acelerador total dos processos ou padrões que irão moldar para positivo, o futuro de Cabo Verde, obrigando-nos a inovar e a transformar a vida socioeconómica caboverdina, na justiça social em todas as nove ilhas habitadas neste novo horizonte do século XXI...
Sabe-se muito bém em Cabo Verde, que é hora de nos (re)inventar, adaptar-mos mais ao desiderato de uma nação de sensibilidade turistica e crescer, inteligentemente e de modo inclusivo como destino moderno atractivo do atlântico médio, temos todos os ingridientes necessarios, para concretizar este objectivo, seguro, inovador e sustentável...
Não podemos mais,continuar como país dependente da cooperação internacional. Nosso destino está nas nossas mãos, o país é jovem e a situação de subdesenvolvimento socioeconomico não trouxe perspectivas á maioria dos cidadãos das ilhas cabo-verdianas: refiro-me á “Juventude Cabo-Verdiana”...
Covid-19 embaraçou tudo e todos e as informações que tenho seguido falam de imunidade sanitária social quando consegue-se vacinar, num país pelo menos, 80% da sua população... A boa notícia é que o governo fixou corajosamente, ultimamente, alcançar a meta de vacinar 85% da população cabo-verdiana até finais de Dezembro 2021 e nós todos, neste pequeno arquipélago, não podemos ignorar a grande oportunidade que se nos oferece para fazer acontecer desta vez em concreto o surgimento em benificio de todos os cidadãos de todas as nove ilhas habitadas a marca: “Cabo Verde”...
Isso nos interpela responsávelmente a agregar os valores da “caboverdianidade” como sinónimo marca “Cabo Verde”, em concordia, convivencia, esforço e solidariedade... Uma referencia universal...( temos um activo de 2 patrimónios universais da humanidade: Cidade Velha e a Morna).
Se as condições estivessem normais, o destino turístico cabo-verdiano estaria agora recebendo milhares de visitantes, nomeadamente nas ilhas do Sal e Boavista, como acontece normalmente nesta época, como o precedente positivo, que aconteceu em 2019, ano recorde de chegada de visitantes, segundo estatisticas. Mas a pandemia obrigou-nos a voltar de caras para as nossas fraquezas e limites, cientificos, tecnicos, fisicos e as fronteiras se fecharam...
A vacinação contra Covid- 19, foi nota de abertura para continuar “existindo”, e as acções espalharam-se em todas as nove ilhas... A digitalização ganhou terreno fazendo o povo, usar, mais utilmente, as novas tecnologias. Cabo Verde inteiro assumiu a “digitalização” e o “streaming” tornou-se moda e ferramenta de trabalho diplomático, de negócios e entretenimento...
O ano de 2020 como este de 2021 serão dificeis de esquecer. Um pequeno vírus vindo da China “Wham” causou uma pandemia de escala mundial que por sua vez criou uma crise universal que sobretudo aqui neste arquipélago não foi e continua não sendo, apenas econômico, mas sim profundamente social em todas as nove ilhas habitadas.
Acreditamos que a vida pós-pandêmica trará muitas mudanças transformando o nosso dia a dia, tanto nos nossos relacionamentos, nossos hábitos, e felizmente, influenciará nossa maneira de olhar para o futuro transformando este pequeno território ilhas de apenas 4033km2. Talvez é também tempo e hora de falar francamente para toda a sociedade cabo-verdiana, deixando de fora medos, sabendo que temos uma boa oportunidade e possibilidade estratégia única de poder saber aproveitar de todas as potencialidades da nossa terra, para construirmos hoje o futuro que as novas gerações merecem...
Entendemos a lingua cabo-verdiana, que é património nacional, como uma oportunidade, mas internacionalizar-nos apenas e unicamente, através do português significa, limitar o nosso potencial e seria uma enorme perda de tempo e oportunidade para toda a nossa sociedade. Mas se associarmos o inglês, o francês e o espanhol, ao português, Cabo Verde estaria colocado no domínio das quatro linguas mais poderosas do mundo dos negócios ciência e cultura...
Considero o confinamento global de março de 2020, mais as “situações” de “crise e calamidade” que continuamos ainda a viver até esta data de Agosto de 2021, como um acelerador total dos processos ou padrões que irão moldar para positivo, o futuro de Cabo Verde, obrigando-nos a inovar e a transformar a vida socioeconómica caboverdina, na justiça social em todas as nove ilhas habitadas neste novo horizonte do século XXI...
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