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Superando a angústia
Colunista

Superando a angústia

Deus nos criou para produções que valem a pena; que somam valores e que transcendem qualquer perspectiva Inativista ou paralisante. Um equilíbrio entre o excesso de atividade e a sua total ausência, deve ser observado, desta forma; se percebe onde estamos e como estamos.

Combater a angústia deve ser uma atitude constante. Simplificar a situação, põe em causa a nossa condição emocional e psíquica. Estar atento ao seu surgimento é crucial á uma efetiva gestão eficiente. Ninguém está livre desse sintoma que nos paralisam; exercendo um poder estrangulador. Uma existência de qualidade, implica superar as agruras da vida; os amargos momentos que nos assolam; resistindo os dias maus. Nem sempre conseguimos sair ilesos das vicissitudes que nos sobrevém, mesmo assim; devemos recobrar o ânimo, refazer o caminho e prosseguir sem lamentos permanentes. A angústia é a soma de questões não tratadas; feridas não saradas e problemas acumulados. É preciso sairmos do circulo da teia prisioneira; dos labirintos entediados; superando as dores circunstanciais, ou permanentes. A angústia não tratada, esmaga os sonhos; bloqueando uma existência prazerosa e constante. É impossível vivermos plenamente; sermos produtivos em nossos projectos e alcances, sob o peso da angústia. É o principal sintoma da desarmonia emocional e psíquica do século presente. Combate-la com veemência, deve ser um imperativo permanente e condição legítima para uma existência plausível. Alguns sinais explícitos da angústia? Apontaremos sete dos principais sinais: 

(1) Tristeza sem razão específica. A alegria é uma característica natural da satisfação interna de qualquer ser humano. Quando essa lógica se inverte é preciso perceber que algo vai mal. Quando nos sentimos tristes sem uma razão lógica e de uma forma irracional. Um sinal de alerta; isto é, precisamos assumir o comando da nossa história pessoal o mais breve possível.

(2) Distanciamento social sem uma razão específica. Significa que nos isolamos; vivendo no nosso próprio imaginário. O homem é um ser social, como tal, é necessário se interagir naturalmente.

(3) Mudança de humor sem um motivo justificável. A oscilação de humor permanente revela claramente uma anormalidade emocional e psíquica. O escopo emocional e psíquica não podem evidenciar permanentes discrepâncias; é preciso a presença de equilíbrio.

(4) Incapacidade de diálogo saudável. O diálogo saudável faz parte de uma mente saudável. Quando não há evidência dessa ação intrínseca e natural; estamos perante um quadro que merece uma atenção especial.

(5) Estado permanente de silêncio. Uma coisa é refletirmos numa fase particular; buscando o encontro connosco mesmo; uma revisão nos bastidores do nosso eu, isto é, um retiro pessoal. Isso é benéfico e necessário, mas, de outro modo, o silêncio permanente revela anormalidade emocional.

(6) Estado de solidão interna. A solidão interna faz parte da nossa realidade cotidiana, isto devido ao dinamismo do pós-modernismo; da velocidade social; do ambiente profissional; competição de várias ordens. Podem dar corpo a esse tipo de solidão. É preciso vigiarmos numa perspectiva da solidão mais aguda e patológica. Quando por exemplo, percebemos que não temos motivos para sentirmo-nos solitários; contudo damos conta que estamos internamente vazios e sem um sentido real para caminhar.

(7) Inativismo permanente. Somos criados para ações dinâmicas e pró-ativas. Uma prerrogativa inerente em todo ser humano. A ausência de uma ação dinâmica positiva e permanente, revela um Inativismo inicial, num grau que merece um olhar sincero e honesto. Deus nos criou para produções que valem a pena; que somam valores e que transcendem qualquer perspectiva Inativista ou paralisante. Um equilíbrio entre o excesso de atividade e a sua total ausência, deve ser observado, desta forma; se percebe onde estamos e como estamos.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine