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Recuperar a perda de valores para efetuar corretamente substituição de gerações
Colunista

Recuperar a perda de valores para efetuar corretamente substituição de gerações

Para termos jovens empreendedores, só a vontade política não é suficiente se as condições e oportunidades reais de apoio, estiverem ausentes. Quando vermos para a juventude, fixamos, mais rapidamente o estilo, ficando sem descobrir nem perceber, o que o estilo não nos informa: a emoção que os jovens valorizam e a organização social que defendem, mesmo se houver utopia. Os jovens não estão interessados unicamente em entretenimento: festas, festivais musicais, etc… eles querem e defendem, com mais ou menos garras, o seu ganha-pão e aspiram á independência económica. Querem e exigem melhor qualidade de vida, oportunidade de emprego, formação e reagirão mais positivamente, vendo resolvidos a maioria dos seus problemas, com mais educação, ficarão, mais moderados e disponíveis a investirem-se mais nos percursos da vida profissional, projectos e ideias...

A sociedade cabo-verdiana está a reviver, contra seu próprio gosto, o ressurgimento da grave crise essencialmente jovem que gratuitamente chamamos de “gangs”, fenómeno social “novo” no seio da nossa juventude, com mais realce na Praia capital, sob a forma de comportamento violento e delitos criminais graves, seguramente, originados entre outros pela discriminação social e também da existência de um ambiente de vivencia em “bairro periférico” praticamente ao abandono, desordenado e sujo, com ausência notória de espaço de lazer e cultural, espaço de pratica desportiva e a grave falta dos chamados “espaços verdes”, portanto erros abandonos que empurram quer queiramos quer não, os jovens, que deviam estar nas escolas ou empregos, para a rua, estes também filhos destas ilhas, a maioria, detentores de baixo nível de escolaridade, ficam em situação de “presas” fáceis dos traficantes e dealers dos estupefacientes, essas mesmas “presas”, procuram também como alternativa o refugio, no álcool e prostituição...não devemos temer chamar as coisas pelos seus próprios nomes…

Esses jovens, criaram “ghettos”, isolando-se mais mergulhando-se em violências gratuitas, que a sociedade tem de assumir, como erro seu!

A sociedade inteira, deve mudar de mentalidade, por de lado preconceitos e apostar fortemente nos jovens, nossos filhos, sobrinhos, netos, parentes, todos generosos e nossos amigos, pois o futuro de Cabo Verde está e estará nas mãos dessa nossa juventude que deverá estar moral e profissionalmente preparada para poder efectuar, correctamente a substituição de gerações...

Esses problemas recentes da juventude cabo-verdiana e a violência que todos assistimos, com impacto visível na perda de valores tradicionais cabo-verdianos, vêm, directamente, mas não só, da falta de confiança, nos políticos e a grave diversidade cultural gritante, entre uma minoria possuidora de quase tudo e a maioria praticamente sem nada e ouvindo por todo o lado e nas medias, lindas palavras sobre a graduação, crescimento e “enriquecimento” de Cabo Verde, que de facto tem hoje mais e melhores meios para resolver ou fazer diminuir os problemas da sua juventude... A ordem e a paz social, habitual foi severamente abalada pelo comportamento violento desses jovens que se sentem, marginalizados…

Para termos jovens empreendedores, só a vontade política não é suficiente se as condições e oportunidades reais de apoio, estiverem ausentes. Quando vermos para a juventude, fixamos, mais rapidamente o estilo, ficando sem descobrir nem perceber, o que o estilo não nos informa: a emoção que os jovens valorizam e a organização social que defendem, mesmo se houver utopia. Os jovens não estão interessados unicamente em entretenimento: festas, festivais musicais, etc… eles querem e defendem, com mais ou menos garras, o seu ganha-pão e aspiram á independência económica. Querem e exigem melhor qualidade de vida, oportunidade de emprego, formação e reagirão mais positivamente, vendo resolvidos a maioria dos seus problemas, com mais educação, ficarão, mais moderados e disponíveis a investirem-se mais nos percursos da vida profissional, projectos e ideias...

São jovens da televisão, dos telemóveis, tabletas, portáteis, redes sociais, Internet…, uma geração que não tem nostalgia do passado, que não conheceram, querem ver para frente e são detentores de ideias novas, com outras aspirações artísticas, culturais, e estão mais bem informados do que as gerações precedentes e tendo acesso entre outros a formação profissional e credito para financiarem  seus projectos, e negócios, serão auto empreendedores e uteis ás suas comunidades...

A juventude cabo-verdiana, utiliza os médias sociais, para criar e ou anunciar um produto, serviço, marca etc, agindo e comportando-se como empresarios, possuidores de algo que precisa ser promovido e mesmo não estando a vender nada, estamos praticamente todos a promover algo, ideias e outros, agindo e inter agindo como um eu do mundo moderno sensivelmente empreendedor !

O mundo mudou neste planeta terra e este pequeno país que é o nosso, está confrontado, embora possuidor de parcos recursos, ao egoísmo económico transfronteiriço, que como tubarão, engole tudo e força-nos a uma posição de não imobilismo e a uma tomada de consciência e mudança de estratégia necessária para encontrarmos solução aos problemas e desafios, que temos pela frente, na construção de um Cabo Verde moderno...

Apostando por exemplo no Mar, não estariamos a entrar de pé mais firme, na mundializaçao, criando mais valor acrescentado e explorando para o nosso próprio proveito a zona economica maritima exclusiva cabo-verdiana, diversificando a economia, que passará a não depender, exclusivamente, na sua vertente criadora de riqueza, unicamente do factor turismo de sol e praia não estariamos a criar boas expectativas economica aos nossos jovens !!

O nosso modo de vida, hábito alimentar, estão intimamente ligados, no quotidiano, consciente ou inconscientemente ao Mar, que nos rodeia e nos une como país arquipelágico. Activar mais e melhores praticas comerciais e industriais, na economia produtiva marítima, estariamos tirando maior vantagem e mais valia da nossa enorme zona economica maritima exclusiva diversificando a economia e explorando o maior recurso economico e talvez financeiro de Cabo Verde.

Intervenções, sob a forma de produção industrial, pesca profissional ao largo, transportes… em parcerias ou com as nossas próprias forças, vai nos ajudar a produzir e a exportar mais e a encorajar o consumo interno, criando emprego, fazendo crescer a economia. Como a sociedade é jovem, estariamos criando empregos jovens...!

“... Faça-se Vacinar, protegendo Cabo Verde...”

miljvdav@gmail.com

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