Cada vez mais se percebe que viver de uma forma saudável e produtiva, não é um exercício fácil. As ambições mórbidas, gravitam no cerne e no âmago da sociedade moderna, gerando transtornos sérios na saúde. As permanentes competições negativas, a acelerada busca pela imagem, vem perfazendo a sua agenda, como se fossem as únicas respostas autônomas diante da nossa própria incapacidade de ser. Comportamentos obsessivos aumentam o seu figurino obsoleto. Diante de um universo social e intra-social, a psicologia individual e a lucidez têm sido insólitas e pálidas. Se afiguram de um modo inconsistentes para suportar e dar asas ao espírito da arte do contentamento.
Para a nossa própria sobrevivência e saúde, é imperativo e urgente, que aprendamos a desenvolver o contentamento como estilo de vida. Um caminho para uma existência de alta performance. Saber desenvolver a arte do contentamento, mesmo quando tudo vai mal ou quando deparamos com os insucessos da vida é importante. Serve como um antídoto para nos manter num nível intocável. Se almejarmos viver com boa saúde no sentido holístico, será necessário alterarmos a rotina pessoal. De outro modo, perdemos toda a nossa essência diante das angústias que permeiam a alma. Se não decidirmos abraçar um novo estilo de vida, dando um sentido revolucionário á nossa existência, corremos o risco de ficarmos pelo caminho, sem uma história digna.
Um capítulo decisivo neste processo de mudança e inversão de um percurso longo da auto-crítica negativa, incapacidade em aceitar a realidade e alienações absurdas, é justamente a necessidade real e crucial de um olhar completamente novo perante a vida. Não havendo um amanhecer deste novo olhar para a vida, nos tornamos completamente reféns e escravos dos nossos próprios caprichos e ilusões. É urgente que mudemos de postura, que alteremos o quadro presente, que saiamos do nosso próprio mundo no qual vivemos.
Comentários