Segundo as informações que segui, ontem, a “África Subsaariana”, nossa sub-região económica, terá claramente uma grande “prioridade" da parceria lançada pelo grupo dos ricos do “G7”, mas assegurou-se, que também, a América Central, o Sudeste Asiático ou a Ásia Central também são regiões "extremamente importantes"... Fica claro que os líderes dos países mais industrializados ocidentais, “colocaram essa parceria no caminho certo” para os “Países em Desenvolvimento”. Os ocidentais pretendem assim responder aos grandes projetos financiados pela China...
Nosso pequeno país arquipelágico, do atlantico médio como, as demais pequenas ilhas insulares membros da “Aliança de Pequenos Países Insulares, (Aliance of Small Islands States, “AOSIS”)”, que incorpora, mais de 40 países, dispersos nas regiões da África, Caraías, Pacifico e Índico... Sofreram (e sofrem) na pele as consequências da pandemia “Covid -19”: os males vindos das actividades nocivas, sobre o ambiente e o oceano, causados e praticados principalmente, pelos primeiros e grandes poluidores do planeta, os países superindustrializados, encabeçados pela China, USA, Índia e União Europeia. Não foi fatalidade alguma a nossa recente vivência, aqui em Cabo Verde de três anos, consequitivos de “Seca Agravada”... Resultados de estudos cientificos esclarecem as causas e efeitos sobre o meio ambiente!!
A “AOSIS”, representa 28% dos países em Desenvolvimento, 5% da População Mundial, e 20% de Estados membros das Nações Unidas. Ademais estatisticamente falando, sabe-se que naturalmente, 60% da população dos Estados Insulares, concentram-se no litoral, desempenhando, aí suas actividades governamentais e socioeconómicas vitais, sobretudo, nas infraestruturas portuárias…
Com todos esses constrangimentos que se agravaram mais ainda e de maneira insuportavel com a recente “Guerra na Ucrania”, o governo central cabo-verdiano, declarou recentemente, oficialmente, o estado de emergência economico-alimentar e energético de Cabo Verde, país ilhas sem recursos...
Defendo e proponho que, conjuntamente com a aliança “AOSIS”, reconhecida pela ONU e outras istituições internacionais, Cabo Verde, ou mesmo que seja a título individual, se necessário for, deve formalizar e reclamar, a obtenção de uma reparação, compensação acesso a uma “Verdadeira Justiça Climática e Outros a fins”, exigindo fundos de indemnizações e mesmo, transferência de tecnologia para podermos prevenir, e resistir contra o desastre ambiental e agressão feita no quotidiano, ao mar, na nossa “Zona Económica Marítima Exclusiva”, invocando, motivos de sobrevivência e solidariedade, aos países ricos, os causadores desses riscos e prejuízos ecológicos e compensação ao ataque á riqueza da nossa biodiversidade, e stocks de peixes, graças às lógicas egoístas dos países ricos e insdustrializados que operam nessas bandas em defesa de seus próprios interesses económicos e financeiros… Publiquei já, esta tese ideia, numa crónica ensaio, publicada em 16 de Decembro de 2021, em Galiza, Espanha pelo “Think Tank”, “IGADI” (https://www.igadi.gal/web/analiseopinion/cabo-verde-exigencia-de-justica-climatica-contra-o-desastre-ambiental).
Mas, como a esperança não morre solteira, espreita-se talvez, depois do domingo, 26-06-2022, no fundo do túnel uma luz... (tenho as minhas razões para ainda duvidar um pouco...), vinda da Cimeira do Clube dos Sete (7) países mais ricos do mundo, que está a decorrer no sul da Alemanha, neste momento da redação desta crónica, 27-06-2022, uma perspectiva de oportuidade financeira para Países do Sul em Desenvolvimento... Cujo objectivo essencial é oferecer alternativa ocidental á politica económica e financeira da China, conhecida como a “Rota-da-Seda”...
Sim, o clube “G7”, informou, e prometeu, que pretende mobilizar “600 bilhões de US$” até 2027 para Investimentos Globais destinados a Países em Desenvolvimento e sobretudo em Infraestructura para a África...
Por uma vez, o clube dos países ricos, conhecido como grupo “G7 “ impôs a si mesmo a ambição de tornar o “mundo uma oferta melhor em termos de investimento” em “infraestrutura”, conforme exprimiu, á presse, o chanceler alemão “Olaf Scholz”, que apresentou este projecto, ao lado do presidente americano. Só os Estados Unidos, isoladamente, prometem “mobilizar” cerca de “200 bilhões de dólares” em cinco anos para o alimentar este programa de investimento a Países em Desenvolvimento...
Os ocidentais querem se distanciar da China, que investiu pesadamente em muitos países em desenvolvimento, para construir infraestrutura por meio do chamado programa “Rotas da Seda”, ou para garantir o acesso a certas matérias-primas. Pequim é, no entanto, acusada de realizar seus projetos por meio de empréstimos pouco vantajosos, que agravariam os problemas de dívida de países já vulneráveis...
É verdade, que a “ofensiva chinesa, existe há vários anos” e resultou em muitos pagamentos em dinheiro e muitos investimentos. Muitos países que receberam recursos ou investimentos do programa “BRI” (sigla do nome em inglês Belt and Road Initiative) percebem, anos depois, que ficaram mais endividados e que o seu PIB não aumentou significativamente e que os investimentos não chegaram às suas “populações”...
Segundo as informações que segui, ontem, a “África Subsaariana”, nossa sub-região económica, terá claramente uma grande “prioridade" da parceria lançada pelo grupo dos ricos do “G7”, mas assegurou-se, que também, a América Central, o Sudeste Asiático ou a Ásia Central também são regiões "extremamente importantes"...
Fica claro que os líderes dos países mais industrializados ocidentais, “colocaram essa parceria no caminho certo” para os “Países em Desenvolvimento”. Os ocidentais pretendem assim responder aos grandes projetos financiados pela China...
José Valdemiro Lopes
miljvdav@gmail.com
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